« a arte e a Fé são irmãs, devem juntar-se novamente, disse em Lisboa o cardeal Gianfranco Ravasi, Presidente do Conselho Pontifício para a Cultura, que tudo fará para «recuperar esta ligação entre a arte e a Igreja»

« a arte e a Fé são irmãs, devem juntar-se novamente, disse em Lisboa o cardeal Gianfranco Ravasi, Presidente do Conselho Pontifício para a Cultura, que tudo fará para «recuperar esta ligação entre a arte e a Igreja»
No primeiro dia das Jornadas de Liturgia, arte e arquitectura, a decorrer em Lisboa nos dias 15 e 16 de novembro, houve intervenções importantes. a primeira foi feita por Frei Bento Domingues, que falou fundamentalmente sobre as suas experiências litúrgicas no contexto do concílio Vaticano II.
Nas Jornadas sobressaíram ainda as intervenções de Paulo Pires do Vale, curador da UCP de Lisboa, que falou da relação entre o meio artístico e a liturgia, e a do padre Joaquim Félix, especialista em liturgia da UCP de Braga, que apresentou um exemplo concreto onde essa ligação foi bem-sucedida, a Capela Árvore da Vida, localizada no Seminário Conciliar de Braga.
O ponto alto do dia foi a conferência do cardeal Gianfranco Ravasi, Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura. Está em Portugal não só para participar nas Jornadas de Liturgia, arte e arquitectura mas também no Átrio dos gentios que realizará em Guimarães e Braga neste fim de semana.
O diálogo com as culturas corre-lhe nas veias. Foi assim que Tolentino Mendonça apresentou o conferencista. É a segunda vez que vem a Portugal, este interlocutor privilegiado dentro e fora da Igreja no campo da cultura. É um homem universal, disse o apresentador.
Ravasi tem dedicado muitas das suas forças ao diálogo entre fé e arte. a fé e a arte estão hoje desligadas, disse o cardeal. E perguntou: Porque será, quando sabemos que toda a cultura ocidental está impregnada de arte cristã? a arte e a fé são irmãs, devem juntar-se novamente disse o cardeal, e por isso tudo fará no seu Conselho Pontifício para recuperar esta ligação entre a arte e a Igreja.
anunciou que o Vaticano estará presente com um Pavilhão na Bienal de Veneza, em junho de 2013. Fará todos os esforços para que a famosa Via sacra de Lucio Fortunato em cerâmica, uma verdadeira jóia de arte, esteja presente na entrada do Pavilhão.
Ravasi disse ainda que a Santa Sé sabe que é importante este caminho que está a trilhar e não tem medo de se confrontar com a arte contemporânea. Também porque a arte nunca representa o visível, mas o invisível. Descobre a alma que está no visível, tal como o poeta ou o músico.