O bispo do Porto disse esta quinta-feira, em Fátima, que os portugueses têm capacidade para superar as dificuldades económicas que o país atravessa, desde que sejam esclarecidos, mobilizados e poupados a mais austeridade
O bispo do Porto disse esta quinta-feira, em Fátima, que os portugueses têm capacidade para superar as dificuldades económicas que o país atravessa, desde que sejam esclarecidos, mobilizados e poupados a mais austeridade Não apertem demais que nós precisamos de respirar. Esta seria uma das frases que o bispo do Porto, Manuel Clemente, diria aos representantes da troika, caso fosse chamado a dar a sua opinião sobre as medidas de austeridade que têm vindo a ser aplicadas em Portugal. No final da assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), em Fátima, o prelado afirmou que seria importante os responsáveis da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional ouvirem todas as forças culturais e sociais para ficarem com uma ideia mais plural da realidade portuguesa. Para o vice-presidente da CEP, bastava que as instituições de solidariedade social – que estão no terreno e têm conhecimento prático das situações – fossem chamadas a partilhar o seu conhecimento, para que quem nos fiscaliza ficasse com uma ideia mais precisa do que é o país. Se eu fosse chamado, diria que somos um povo muito capaz de responder aos desafios, que temos quase mil anos de comprovação disso mesmo e que se formos mobilizados e esclarecidos, responderemos, adiantou o bispo. Reagindo aos confrontos entre manifestantes e polícia, registados na quarta-feira em frente à assembleia da República, em Lisboa, Manuel Clemente disse compreender e aceitar o exercício da greve, mas condenou os atos de violência. a violência é sempre perdedora e enfraquece as causas. E é uma grande injustiça no que respeita aos estragos em equipamentos públicos e particulares, afirmou.