a ajuda aos mais desfavorecidos não basta para solucionar os problemas mais profundos vividos na sociedade portuguesa, acredita antónio Vitalino, bispo de Beja. Para o prelado, a mudança é necessária e os pobres podem contribuir para ela
a ajuda aos mais desfavorecidos não basta para solucionar os problemas mais profundos vividos na sociedade portuguesa, acredita antónio Vitalino, bispo de Beja. Para o prelado, a mudança é necessária e os pobres podem contribuir para elaNa atual conjuntura económica e financeira, a assistência aos mais carenciados da sociedade não é a solução para os ajudar, e estes também podem contribuir para a mudança, defende antónio Vitalino, bispo de Beja, numa nota pastoral, difundida esta terça-feira, 13 de novembro. a tentação da resposta unicamente assistencialista não resolve os problemas de fundo da nossa sociedade deprimida, embora também possa ser necessária, mas não exclusivamente, afirma. Para o bispo de Beja, os portugueses não podem depositar no Estado e na Igreja todas as esperanças que têm para a resolução dos seus problemas. Não podemos esperar todas as respostas para os nossos problemas nem do Estado nem da Igreja. Muitas coisas dependem de nós mesmos e da sociedade civil, a começar pela família, aponta o responsável. a crise vivida no país tem levado muita gente a procurar as instituições da Igreja, mas antónio Vitalino lamenta que nem todos os que pretendem conseguir este apoio tenham fé. Hoje batem à nossa porta pessoas sem a mínima abertura para os poderes divinos. No entanto, não podemos fazer aceção de pessoas e temos de escutar e ajudar a todos, esclarece. aludindo à Semana dos Seminários’, que se prolonga até ao próximo domingo, 18 de novembro, o prelado evidencia que a formação dos mais novos não pode ser meramente intelectual. a formação dos nossos pastores não pode ser apenas de ordem intelectual. É preciso formar as vontades e o coração para se apaixonar por Cristo e capacitar para a misericórdia pelas multidões desanimadas e sem rumo, explica.