a crescente ameaça de membros extremistas na região africana do Sahel deve conduzir à resolução da disputa no Sara Ocidental, antes que as hostilidades que têm consumido estes territórios do norte de África mergulhem toda a região num novo conflito
a crescente ameaça de membros extremistas na região africana do Sahel deve conduzir à resolução da disputa no Sara Ocidental, antes que as hostilidades que têm consumido estes territórios do norte de África mergulhem toda a região num novo conflito O enviado pessoal do secretário-geral das Nações Unidas para o Sara Ocidental lançou este alerta, em comunicado de imprensa, após um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, em Madrid. Christopher Ross advertiu que a crise se prolonga já há muito tempo – um referendo à autodeterminação foi acordado em 1991 – e afirmou que qualquer aceitação do atual status quo’ (a ocupação por Marrocos, com a oposição da Frente Polisário, movimento independentista sariano) será um grave erro de cálculo. Peço às duas partes que avancem rapidamente com negociações sérias, e peço a membros-chave da comunidade internacional que exerçam a sua influência para encorajar as partes a fazê-lo, sublinhou Ross, acrescentando que, numa região em transição, a um conflito como o do Sara Ocidental não se pode permitir que permaneça parado. a ONU está envolvida nos esforços de mediação para encontrar uma solução para o Sara Ocidental desde 1976, quando Marrocos ocupou o território, após a administração colonial espanhola, e a Frente Polisário iniciou uma luta armada pela retirada das tropas de Rabat e pela independência – numa história muito semelhante à de Timor-Leste. Uma força de paz da ONU, conhecida como a Missão das Nações Unidas para o Referendo no Sara Ocidental (Minurso), também está no terreno desde 1991.