No Cacém, mais de meia centena de amigos da Consolata espevitam o fogo missionário para o novo ano pastoral. Na forja estão novas iniciativas que irão proporcionar uma nova maneira de fazer missão dentro dos próprios muros
No Cacém, mais de meia centena de amigos da Consolata espevitam o fogo missionário para o novo ano pastoral. Na forja estão novas iniciativas que irão proporcionar uma nova maneira de fazer missão dentro dos próprios murosDomingo soalheiro, mas frio, não impediu os amigos da Consolata de saírem de casa e rumarem até à Quinta do Castelo, Cacém. Nos sacos traziam feijoadas, arroz de castanhas e outros acepipes para o almoço partilhado, aquecido por umas boas pingas de boas garrafas escolhidas para a circunstância e de água-pé. Na reunião que precedeu a refeição apresentaram ideias, atividades e outras iniciativas que vão marcar a vida da associação dos amigos da Consolata (aMC), durante 2013. São encontros de formação, de espiritualidade, passeios e ações de solidariedade, em que sobressai a recolha de fundos para a criação de centros de alfabetização na Costa de Marfim, onde o analfabetismo atinge mais de 60 por cento da população. a grande notícia foi a apresentação do novo projeto para a Quinta do Castelo, que está a ser preparado para acolher um grupo de 30 refugiados. Estão a ser desenvolvidas todas as ações necessárias para preparar um programa consistente e bem planeado que dará um rosto ainda mais missionário a este espaço. Desta vez não são os missionários, padres e leigos, que partem em missão, mas é a própria missão que bate à porta, necessitada de acolhimento e consolação. O programa está a ser planeado em parceria com o Serviço de Refugiados dos Jesuítas. Integrado no projeto, está ainda a ser preparado um programa de atividades dirigido a crianças e adultos das redondezas, que irá, com certeza, dar uma vida nova ao espaço da Quinta do Castelo. Não existe missão sem acolhimento, afirmou na homilia antónio Fernandes, superior provincial dos Missionários da Consolata. Missão acontece quando nos disponibilizamos a abrir a nossa casa, a abrir aos outros os espaços que percorremos. Missão é partir, é descobrir Deus na nossa vida, mas também se faz quando acolhemos, explicou o superior, apresentando a figura do saudoso José Moreira que acolheu os missionários da Consolata no Bairro do Zambujal, acompanhando aí os seus primeiros passos. Na Eucaristia, os amigos da Consolata fizeram memória de tantas pessoas que nos ajudaram. De um modo particular foram recordados os amigos dos missionários falecidos mais recentemente: Georgina Duarte e Mota Pereira. Tão rico e repassado de alegria e entusiasmo, o encontro terminou com o tradicional magusto. assadas na caruma, à maneira antiga, as castanhas foram regadas com boa água-pé. Já era escuro quando os últimos amigos deixaram a Quinta do Castelo. a 1 de dezembro vão voltar para uma jornada de limpeza da Quinta. Quem desejar, poderá juntar-se aos amigos da Consolata no trabalho, que dura todo o dia. Mas também para saborear uma saborosa cachupa ao almoço.