Uma equipa formada por elementos de vários organismos ligados à defesa dos povos indígenas está a percorrer a área demarcada dos Índios Yanomami, no Brasil, à procura de invasores. a viagem pode ser acompanhada pela internet
Uma equipa formada por elementos de vários organismos ligados à defesa dos povos indígenas está a percorrer a área demarcada dos Índios Yanomami, no Brasil, à procura de invasores. a viagem pode ser acompanhada pela internet Para assinalar a comemoração dos 20 anos de homologação da Terra Indígena (TI) Yanomami, uma expedição composta por elementos da Funai (Fundação Nacional do Índio), HaY (Hutukara associação Yanomami), Exército e IS a (Instituto Socioambiental) está a percorrer 280 quilómetros da área demarcada, no estado brasileiro de Roraima, com o intuito de identificar eventuais zonas ocupadas por não índios. No primeiro dia de trabalho, a equipa cruzou-se no meio da selva com um homem sozinho, de bicicleta, mochila às costas e máquina fotográfica ao peito. ao ser abordado, o aventureiro, que só falava inglês, explicou que era médico, tinha 64 anos, era da República Checa e tinha uma grande paixão pela amazónia. Havia comprado a bicicleta em Boa Vista e pretendia ir até ao rio ajanari, dentro da TI Yanomami. aí, enchia o barco insuflável que transportava na mochila, deixava a bicicleta e navegava até ao rio Branco e depois até ao rio Negro, para chegar a Manaus. a expedição é apoiada pela Fundação Rainforest da Noruega e pode ser acompanhada através das fotos e das informações recolhidas diariamente pelo antropólogo Moreno Saraiva Martins e enviadas para o site do ISa. Num destes relatos, entre outras histórias, é referida também uma tentativa de venda de terrenos dentro da área indígena. Um homem convenceu várias pessoas que tinha sido libertado um loteamento e mais de 200 interessados entraram na área reservada, para assegurarem a compra do seu lote, por 50 reais.