a amnistia Internacional registou a detenção de mais de uma centena de ativistas na China, só nas últimas semanas. E relaciona a atuação das autoridades com a proximidade da data de transição de poder
a amnistia Internacional registou a detenção de mais de uma centena de ativistas na China, só nas últimas semanas. E relaciona a atuação das autoridades com a proximidade da data de transição de poder Em vésperas da esperada mudança de líderes no Partido Comunista da China, cujo congresso se inicia esta quinta-feira, 8 de novembro, em Pequim, as autoridades chinesas detiveram mais de 100 ativistas, defensores dos direitos humanos, denunciou Roseann Rife, chefe da Ásia Oriental da amnistia Internacional (aI). Enquanto uma nova geração de líderes se prepara para subir ao poder na China, testemunhamos as mesmas táticas de repressão contra os que têm coragem suficiente para contestar de forma pacífica o regime em direitos humanos, afirmou a responsável, atribuindo a intensificação da repressão com a tentativa de abafar críticas e prevenir protestos. Segundo a aI, a polícia colocou ativistas em prisão domiciliária, forçou indivíduos a sair de Pequim e fechou os gabinetes de grupos comunitários de modo a suprimir eventuais manifestações. Crê-se que vários dissidentes se encontrem detidos em prisões não oficiais e locais secretos de detenção. Nestes dias, foram também aumentadas as restrições ao acesso à internet, de modo a limitar a liberdade de expressão. Estas medidas já tinham sido utilizadas como censura aquando da atribuição do Nobel da Paz em 2010, a Liu Xiaobo, e durante os Jogos Olímpicos de 2008. além disto, está a ser exercido um forte controlo nas viagens para Pequim, para o Tibete, e para a região autónoma de Xinjiang Uighur, onde se espera que ocorram protestos, adianta Roseann Rife.