Eu não gosto muito desta Europa que nos estão a dar.
Eu não gosto muito desta Europa que nos estão a dar. Eu também não gosto muito desta Europa que nos estão a dar, pois vejo que muitas centenas de milhares de compatriotas estão desempregados ou a ter de viver com reformas de uns 170 euros mensais.
Uma União que não dê emprego a 95 por cento dos seus cidadãos ou que não lhes garanta reformas mí­nimas de 380 euros não é a melhor instituição do mundo, principalmente quando as rendas de casa se encontram acima do salário mínimo nacional.
Como é que se pode ser feliz em países que tenham mais de sete por cento de desemprego e em que as pessoas esperam três ou quatro semanas por uma consulta de determinadas especialidades?
O povo português não se pode considerar hoje muito melhor do que o estava há oito ou nove anos; e entretanto vê os dirigentes comunitários a regozijarem-se por serem capazes de construir uma União a 27 ou 28.
O que os portugueses querem é emprego para os milhares de rapazes e raparigas que vão acabando os seus estudos e querem começar a ter uma vida própria, já não dependente dos pais.
O que os portugueses querem é que ao fim de 43 anos de uma vida de trabalho possam auferir reformas superiores a 480 euros, não é que lhes digam que estão numa mesma comunidade que os eslovacos, os romenos, os búlgaros e os albaneses.
O que os portugueses querem é um bom ensino e melhores cuidados de saúde, não é saber que a Europa agora já poderá ir até ao Bósforo e ao Mar Negro.
Negros para nós são os nossos irmãos de Bissau, São Tomé e Luanda, não os desconhecidos turcos ou moldávos (moldovos?).
O que os portugueses querem é que ao fim de 43 anos de uma vida de trabalho possam auferir reformas superiores a 480 euros, não é que lhes digam que estão numa mesma comunidade que os eslovacos, os romenos, os búlgaros e os albaneses.
O que os portugueses querem é um bom ensino e melhores cuidados de saúde, não é saber que a Europa agora já poderá ir até ao Bósforo e ao Mar Negro.
Negros para nós são os nossos irmãos de Bissau, São Tomé e Luanda, não os desconhecidos turcos ou moldávos.