Os produtores africanos só poderão aumentar a produção de trigo com o apoio dos governos locais. Para responder ao aumento da procura são necessários subsí­dios que favoreçam uma maior produção e melhor qualidade
Os produtores africanos só poderão aumentar a produção de trigo com o apoio dos governos locais. Para responder ao aumento da procura são necessários subsí­dios que favoreçam uma maior produção e melhor qualidadeNuma reunião recente em addis abeba, Etiópia, os peritos mostraram que o apoio à importação do cereal é nefasto, embora possa proporcionar, no momento presente, melhores preços aos consumidores, sobretudo urbanos. Geralmente os responsáveis dão prioridade às necessidades dos consumidores, o que é compreensível, mas a longo prazo é nefasto para a agricultura e para o país. De facto, o trigo produzido localmente é geralmente de menor qualidade e insuficiente para satisfazer a procura. além disso, o custo do transporte torna-o mais caro que o trigo importado. Mas os produtores locais não têm meios nem podem concorrer com os subsídios que beneficiam os produtores dos países exportadores. Sem uma intervenção que permita aos produtores locais competir com os produtos importados, torna-se muito difícil desenvolver a produção local. ainda há meses a Nigéria, que é o maior importador de trigo da África a sul do Sara, foi obrigada a aumentar as taxas alfandegárias aplicadas às importações do trigo. ao mesmo tempo anunciou uma taxa de 65 por cento sobre a importação de farinha de trigo, para favorecer o comércio interno destes produtos.