O mundo da Igreja é o mundo das pessoas. as sociedades, ao longo da história, evoluí­ram conforme a sua capacidade de aquisição de conhecimento, funcionando este como motor do desenvolvimento
O mundo da Igreja é o mundo das pessoas. as sociedades, ao longo da história, evoluí­ram conforme a sua capacidade de aquisição de conhecimento, funcionando este como motor do desenvolvimentoO conhecimento tornou o homem mais poderoso, mas não o terá tornado melhor. O poder do dinheiro gera disputas. E vêm as guerras, para aniquilar o Outro. as guerras são pessoais, familiares, interclassistas, nacionais e internacionais. O inimigo do homem é sempre outro homem. a luta diária tem como fim aumentar a posse de bens materiais, garantir a sobrevivência própria e dos seus. Os problemas das sociedades contemporâneas são, mais do que nunca, problemas do ser. a Igreja, hoje com particular evidência, tem-se mostrado construtora de pontes, por estar menos fechada à sociedade a que pertence. Os apóstolos missionários não andam pelo mundo a impor pontos de vista, a subjugar populações, a ditar condutas de vida. Dão-se a conhecer, deixando ler, no seu trabalho, a mensagem de que são portadores. Não se apresentam nos salões do poder, nos quartéis onde se guardam as armas mais letais, nos escritórios das grandes multinacionais. Penetram nos lugares mais desprotegidos, seja na selva amazónica ou em África, onde a vida é mais difícil, onde o sofrimento humano é maior. Têm ajudado a fazer a paz entre os homens, como na Colômbia, Perú, Venezuela, Brasil. O caso da Colômbia será o mais visível, pela violência atingida pelas partes beligerantes ao longo de décadas. as FaRC (Forças armadas Revolucionárias da Colômbia) aceitam depor as armas, integrar a vida civil segundo normas de conduta que dispensam o confronto armado. E os missionários tiveram um desempenho único para que este cessar de hostilidades venha a ter as consequências que todos os colombianos desejam. Não avançaram com armas, não recriminaram, não condenaram, não tomaram partido. Não. Foram ao encontro das partes que têm armas e dialogaram. Foram aceites por todos. Fizeram-no porque se tornaram fiéis mensageiros da Verdade, da Igualdade e do amor. Jesus foi assim que viveu o seu amor por nós. Este é o cálice servido aos missionários. É esse o cálice que dão a beber. Na argélia, Líbano, Líbia, Egito e Síria, casos muito atuais, são missionários os facilitadores chamados por quem tem o poder, para lutar pela paz. À Igreja cumpre-lhe assumir esta luta, por ser um porto de abrigo seguro – o garante da paz. Deve ser uma casa de perdão. É o meu ponto de vista.