O governo de transição considera que o delegado da televisão portuguesa em Bissau tem dado uma imagem negativa das mudanças políticas que se seguiram ao golpe militar de abril e exigiu a sua substituição
O governo de transição considera que o delegado da televisão portuguesa em Bissau tem dado uma imagem negativa das mudanças políticas que se seguiram ao golpe militar de abril e exigiu a sua substituição O delegado da RTP em Bissau, Fernando Gomes, deverá deixar a Guiné-Bissau esta sexta-feira, 2 de novembro, depois do ministro da presidência do Conselho de Ministros do governo de transição, Fernando Faz, ter enviado uma carta ao conselho de administração da estação pública e ao governo português a denunciar um alegado desvio do fim para o qual a representação da RTP foi aceite no país. Segundo fontes do Ministério das Comunicações guineense, citadas pela agência Misna, a decisão surgiu na sequência de algumas reportagens consideradas hostis ao governo que assumiu o poder depois do golpe de Estado que derrubou o primeiro-ministro Carlos Gomes Junior, no passado mês de abril. O governante deposto encontra-se exilado em Lisboa. No ofício enviado para Portugal, o governo da Guiné-Bissau reconhece o trabalho desenvolvido pela estação portuguesa na difusão das informações quotidianas do país, mas lamenta constatar um desvio claro do fim para que a representação foi aceite no país. Neste sentido, pediuà administração da RTP que tomasse as medidas necessárias para substituir o mais rápido possível o atual delegado. O pedido deverá cumprir-se esta sexta-feira, com a partida do jornalista.