a crise económica está a levar um maior número de famílias a escolher funerais mais baratos e optar pelo pagamento em prestações. De fora ficam alguns extras, como as flores, a música ou os anúncios nos jornais
a crise económica está a levar um maior número de famílias a escolher funerais mais baratos e optar pelo pagamento em prestações. De fora ficam alguns extras, como as flores, a música ou os anúncios nos jornais Temos reparado que as pessoas ponderam mais as suas decisões. Há mais cuidado sobre o que vão gastar no funeral. No entanto, não descuram a cerimónia, sabendo que se trata de uma última homenagem que se faz ao ente querido e que é irrepetível, afirmou Paulo Carreira, diretor comercial da Servilusa, a maior agência funerária em Portugal, em declarações à agência Lusa. a passarem por dificuldades financeiras, muitas famílias estão a optar pelo funeral de baixo custo (low cost), onde alguns serviços suplementares são dispensados. Exemplos disso são as flores, o anúncio no jornal, a lápide na sepultura, o conforto de quem participa no velório, a música ou o minibus para transportar os familiares do falecido até ao cemitério. Carlos almeida, presidente da associação Nacional de Empresas Lutuosas (aNEL), que representa funerárias mais pequenas, também nota que as pessoas estão a escolher cerimónias mais baratas do que aquelas que, noutras circunstâncias económicas, gostariam de dar ao ente querido. É sempre uma despesa que aparece inesperada. Somando isto à dificuldade em que vive a generalidade das pessoas, há com certeza um problema maior, acrescentou o responsável à Lusa. O preço de um funeral é variável de funerária para funerária, consoante o local onde se realiza e os serviços requeridos pelos familiares. O único que é tabelado e obrigatório em todas as agências é o funeral social, que custa cerca de 390 euros, e tem como objetivo assegurar uma cerimónia digna a quem tem dificuldades económicas. Esta quinta-feira, 1 de novembro, será a última vez, até 2018, que se realiza em dia feriado a romaria aos cemitérios com que é assinalado o Dia de Todos os Santos. a data é um dos dois feriados religiosos que desaparecem do calendário português, pelo menos durante cinco anos, na sequência do acordo entre o governo e a Santa Sé.