Emigrantes residem em habitações sociais e foram notificados para abandonarem as casas até ao final do ano. alguns estão desempregados ou vivem em situação de precaridade laboral
Emigrantes residem em habitações sociais e foram notificados para abandonarem as casas até ao final do ano. alguns estão desempregados ou vivem em situação de precaridade laboral O governo português foi convidado esta quarta-feira, 31 de outubro, a pronunciar-se sobre o que pretende fazer para ajudar os 14 emigrantes que vivem em habitações sociais no Luxemburgo há mais de 20 anos, mas estão em risco de ser despejados. Os portugueses em causa, trabalhadores da construção civil, encontram-se no desemprego ou situação precária, e já foram notificados para abandonarem as habitações até 31 de dezembro. a obrigação de saída, em pleno inverno, dá conta da desumanidade desta decisão, num momento de enorme crise no setor e das férias de inverno na construção, o que implica também um período de menor rendimento, denunciou o deputado do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares, num pedido de esclarecimento enviado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, divulgado pela agência Lusa. as habitações sociais foram construídas há 40 anos para acolher a primeira vaga de emigrantes portugueses e apoiar os trabalhadores estrangeiros com dificuldades económicas. São geridas pelo Gabinete Luxemburguês de acolhimento e Integração (OLaI), que alega estar apenas a cumprir a lei, pois este tipo de alojamento foi criado com carácter provisório. a medida pode vir a atingir mais cidadãos lusos. O secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, recusou comentar o caso à Lusa antes de se inteirar da situação.