Instituir uma cultura vocacional obriga a romper com o modelo anterior. Sem esta mudança, a Igreja pode continuar a olhar para o tempo em que tinha uma «ótima» imagem e muitas vocações, referiu o secretário da Comissão Episcopal de Vocações e Ministérios
Instituir uma cultura vocacional obriga a romper com o modelo anterior. Sem esta mudança, a Igreja pode continuar a olhar para o tempo em que tinha uma «ótima» imagem e muitas vocações, referiu o secretário da Comissão Episcopal de Vocações e Ministérios a implementação de uma cultura vocacional implica uma mudança de paradigma pastoral, que acompanhe as alterações verificadas na sociedade, defendeu Emanuel Silva, padre e secretário da Comissão Episcopal de Vocações e Ministérios. Sem essa rutura, a Igreja corre o risco de continuar voltada para os tempos em que, nas instituições e nas pessoas, tinha uma ótima e imensa imagem pública, com imensas vocações, alertou o sacerdote, citado pela agência Ecclesia.
Para Emanuel Silva, a falta de candidatos à vida consagrada é um sinal de que a Igreja precisa reforçar a sua ação evangelizadora junto das comunidades, onde é preciso implementar junto das paróquias uma nova visão do cristianismo, com uma vitalidade semelhante àquela que existia no tempo das primeiras comunidades.
Segundo o responsável, na origem do ser Igreja está uma experiência de fé que tem de ser formada e constantemente alimentada. Sem isso, complementou, ninguém entenderá o que é que a Igreja quer quando pede às pessoas para rezarem pelas vocações. a relação entre Fé e Cultura Vocacional esteve em análise num fórum, realizado em Fátima, entre os dias 25 e 27 de outubro. a iniciativa juntou cerca de uma centena de participantes.