Os portugueses vivem numa época de incerteza, onde as camadas mais jovens são das mais afetadas pelo desemprego. Contudo, a atual situação não pode legitimar o fracasso escolar daqueles que ainda estudam, referiu um especialista em educação
Os portugueses vivem numa época de incerteza, onde as camadas mais jovens são das mais afetadas pelo desemprego. Contudo, a atual situação não pode legitimar o fracasso escolar daqueles que ainda estudam, referiu um especialista em educaçãoO ‘fantasma’ do desemprego que paira sobre os jovens e também sobre os pais pode ser desmotivador para aqueles que ainda estudam, admitiu João Munoz, especialista em educação e administrador do Colégio de São João de Brito, em Lisboa, à margem de uma conferência realizada em Fátima. No entanto, o especialista frisou que o panorama de instabilidade e de incerteza em relação ao futuro não pode ser uma desculpa para o insucesso escolar. Colocando-se no papel dos jovens, João Munoz reconheceu que é difícil ser estudante na atual conjuntura económica e financeira, mas, destacou: não pode é servir de desculpa para não fazer formação porque depois, então sim, será ainda mais difícil ter emprego. Para o administrador do Colégio de São João de Brito, os mais jovens têm o dever de se formar e qualificar. Os mais novos têm uma responsabilidade: é formar-se. Os jovens vão ser os homens e mulheres de amanhã, que vão levar o mundo, disse João Munoz acrescentado que, para isso, as populações juvenis têm que estar qualificadas, formadas e preparadas. Particulares ou públicas, todas as escolas devem ter o mesmo objetivo: contribuir para que os seus alunos melhorem o mundo que encontraram. É a missão de qualquer escola levar alunos para bom porto e levar os alunos a olhar para o mundo, saber qual o seu papel, e como ajudar e colaborar para que ele seja melhor, referiu o especialista. Promovida pela associação amigos Missionários da Consolata, a intervenção de João Munoz incidiu sobre a temática da fé e da educação no meio da crise atual. a preleção decorreu domingo, 28 de outubro, no Seminário da Consolata, em Fátima.