«Falsas promessas de trabalho apresentadas por atores ilegítimos» podem «fomentar situações de tráfico para fins de exploração laboral e sexual». O alerta é dirigido pela Oikos aos portugueses em tempo de crise

«Falsas promessas de trabalho apresentadas por atores ilegítimos» podem «fomentar situações de tráfico para fins de exploração laboral e sexual». O alerta é dirigido pela Oikos aos portugueses em tempo de crise
a crise que se vive em Portugal tem levado muitos portugueses a procurarem melhores condições de vida no estrangeiro. Não foi necessário o convite à emigração do primeiro-ministro, para que muitos procurassem lá fora outra sorte. Sobretudo em camadas mais desfavorecidas, onde sempre esteve presente também uma forte tradição emigratória. De acordo com a Oikos, que cita dados de 2012 do Observatório de Tráfico de Seres Humanos (OTSH), esta situação é preocupante, porque um percurso emigratório desinformado, acalentado, por exemplo, por falsas promessas de trabalho apresentadas por atores ilegítimos, poderá fomentar o número de situações de tráfico para fins de exploração laboral e sexual. O alerta feito a 18 de outubro, no Dia Europeu de Combate ao Tráfico de Seres Humanos, é muito atual recorda a organização de cooperação e desenvolvimento. Também por isso, a Oikos está a desenvolver dois projetos de prevenção, sob os nomes de (Es)Forçadas e (Des)Iguais e Mãos (Re)Forçadas. Explica a organização que para contribuir ativamente para o fim deste flagelo, a Oikos tem vindo a trabalhar na promoção do nível de conhecimento geral da população sobre o fenómeno do tráfico de seres humanos (TSH) e exploração laboral; na capacitação de grupos profissionais estratégicos para as funções de identificação, gestão e encaminhamento de situações de TSH e no fomento da capacidade de mobilização e ativismo locais em torno da causa da prevenção e combate ao tráfico de pessoas, discriminação e exploração laboral.