Comissão Nacional Justiça e Paz aponta o dedo à proposta do Orçamento do Estado para 2013 por agravar a recessão e não a travar. E defende alternativas às atuais políticas «de empobrecimento coletivo»
Comissão Nacional Justiça e Paz aponta o dedo à proposta do Orçamento do Estado para 2013 por agravar a recessão e não a travar. E defende alternativas às atuais políticas «de empobrecimento coletivo»Num texto divulgado esta terça-feira pelo Grupo Economia e Sociedade (GES) deste organismo dependente dos bispos, lê-se que os indicadores já conhecidos acerca da eficácia das medidas de austeridade aplicadas em 2012 sustentam a ideia de que, ultrapassados que estão certos limites de punção fiscal sobre os rendimentos pessoais de grande maioria da população (redução salarial e agravamento de impostos), há que contar com efeitos perversos em relação aos resultados visados com essas medidas. E remata-se: Há, pois, que travar a recessão económica e não agravá-la, como sucede com a proposta do OE 2013. Para este grupo do organismo presidido por alfredo Bruto da Costa, importa notar que a via da austeridade é apresentada como inevitável, mas não há evidência científica que o comprove. Estes católicos alinham pela fundada convicção de que existem alternativas, alertando de caminho que bom seria que o Governo se disponibilizasse para, de imediato, as desenhar, de modo a viabilizar, urgentemente, um amplo consenso nacional em torno de um projeto de desenvolvimento humano e sustentável para o País. Segundo o GES, da CNJP, esta é, aliás, a única via que poderá contribuir para encontrar uma solução durável para o problema das dívidas, sem que se continue a destruir a capacidade produtiva do País e a agravar o empobrecimento coletivo, como vem sucedendo. a tomada de posição sobre as propostas do Governo de Grandes Opções do Plano e do OE, agora divulgada, já foi aprovada a 17 de outubro. Para o GES, esta reflexão enquadra-se no entendimento de que as mesmas merecem, da parte dos cidadãos e cidadãs, a devida atenção, uma vez que aqueles dois instrumentos de política económica irão determinar o nosso futuro próximo em aspetos essenciais da vida coletiva.