O público jovem tem vivências efémeras e experimenta o risco. a mensagem da Igreja toca termos como o absoluto, o definitivo e o perpétuo, uma linguagem que não corresponde às práticas juvenis, refere o sociólogo alfredo Teixeira
O público jovem tem vivências efémeras e experimenta o risco. a mensagem da Igreja toca termos como o absoluto, o definitivo e o perpétuo, uma linguagem que não corresponde às práticas juvenis, refere o sociólogo alfredo TeixeiraOs jovens vivem experiências provisórias, reversíveis e efémeras. a linguagem da Igreja passa por um definitivo e pelo perpétuo, e nada do queas gerações mais novasperguntam na vida tem essas características,alertou alfredo Teixeira, sociólogo, nas Jornadas Nacionais da Pastoral Juvenil que decorreram no último fim de semana, em Fátima. Todos os apetos da mensagem da Igreja que têm a ver com o absoluto e com o definitivo, em muitos casos têm, evidentemente, um problema quanto à sua traduzibilidade nesta cultura [juvenil] que vive muito marcada pelo risco, pela instabilidade e pela reversibilidade, explicou alfredo Teixeira, à margem da conferência. Tendo em conta o caso de muitos jovens que ingressam nas Instituições de Ensino Superior e são obrigados a mudar de localidade, o sociólogo disse à Fátima Missionária ser necessário que a pastoral juvenil também aí desempenhe o seu papel. Habitar os lugares onde estão os jovens é absolutamente decisivo, porque é nesses locais que se constroem as relações relativas ao futuro, considera o sociólogo.
É aí que se estão a construir novas sociabilidades, e de facto, pensar que um dinamismo exclusivamente paroquial pode acompanhar todos esses percursos juvenis, parece-me de facto muito limitado, referiu alfredo Teixeira, adiantado que não há dinamismo pastoral juvenil que possa ter sucesso se não estiver onde os jovens estão.