Novo movimento armado exige o pagamento de uma taxa mensal, em troca de alegada proteção. Quem recusa contribuir é considerado opositor ao grupo e sujeita-se a sofrer retaliações
Novo movimento armado exige o pagamento de uma taxa mensal, em troca de alegada proteção. Quem recusa contribuir é considerado opositor ao grupo e sujeita-se a sofrer retaliações antes, a população temia o grupo rebelde M23. agora foi criado um novo movimento armado, denominado M26, que está a causar apreensão nas comunidades do Kivu Norte, no leste da República Democrática do Congo (RDC). Os seus membros afirmam que querem garantir e proteger a população local e em troca disso pedem a cada pessoa adulta uma taxa de 1. 200 francos congoleses por mês. Ou melhor, impõem-na. a quem paga é dada uma moeda que certifica o pagamento. Quem não paga é considerado contra eles e a retaliação é provável. aqui todos são obrigados a pagar essa taxa, denuncia uma fonte missionária, que pede para ficar no anonimato por questões de segurança. Formado nos mesmos moldes do M23, que integra desertores apoiados pelo Ruanda, o M26 utiliza um esquema de funcionamento semelhante ao das Forças Democráticas para a Libertação do Ruanda (FDLR), que entregam uma moeda às pessoas que trabalham para eles. Quem não possuir essa moeda é obrigado a pagar uma multa, adianta a mesma fonte, em declarações à agência Fides. a criação deste novo grupo é mais uma confirmação da guerra sem controlo no leste do Congo, onde vários grupos armados lutam entre si para controlarem os imensos recursos da região, conforme atestam os vários relatórios divulgados pelas Nações Unidas. Numa destas informações, os inspetores da ONU destacaram o envolvimento do Uganda e do Ruanda no contrabando de minerais extraídos ilegalmente daquela região congolesa.