aproveitando a celebração do Dia Mundial para a Erradicação da Pobreza, a organização da Igreja católica lança campanha para reforçar os «10 mandamentos» contra a fome e apelar aos cidadãos que assumam uma posição mais forte no combate a este flagelo
aproveitando a celebração do Dia Mundial para a Erradicação da Pobreza, a organização da Igreja católica lança campanha para reforçar os «10 mandamentos» contra a fome e apelar aos cidadãos que assumam uma posição mais forte no combate a este flagelo a Cáritas Portuguesa pretende que todas as pessoas repensem a sua atitude diária no que toca, por um lado, à sua postura em relação à luta pela erradicação da pobreza e, por outro, que tomem conhecimento e se tornem mais participativas na discussão pública sobre as políticas de erradicação da pobreza, afirma Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa, na mensagem de lançamento das várias iniciativas enquadradas no Dia Mundial para a Erradicação da Pobreza, que se assinala esta quarta-feira, 17 de outubro. Segundo o responsável, o empobrecimento de milhares de famílias portuguesas está a deixá-las privadas de direitos humanamente inalienáveis, como o da alimentação. Neste sentido, seria urgente a criação de condições de autonomia dos empobrecidos, através de iniciativas que solucionassem os problemas sociais e laborais, a partir da atividade de animadores locais, em regime de voluntariado. a Cáritas Portuguesa pretende ainda sensibilizar a sociedade em geral para assumir uma posição mais relevante na luta contra a pobreza e vai reforçar os 10 mandamentos contra a fome, através de posters, postais e brochuras, que serão distribuídos esta quarta-feira, em todo o país. De acordo com a Cáritas Internacional, 20 por cento da população mundial vive, penosamente, muito abaixo do limiar mínimo da pobreza (com menos de um dólar por dia) e 850 milhões de seres humanos sofrem de fome. Para Eugénio Fonseca, esta realidade não resulta da falta de bens mas de uma escandalosamente injusta distribuição dos mesmos, que é preciso erradicar para se conseguir a tranquilidade pessoal e coletiva.