Obrigar os alunos de baixo rendimento a seguir o ensino técnico e profissional pode consolidar as desigualdades sociais, refere o relatório Mundial da UNESCO, que será divulgado esta terça-feira
Obrigar os alunos de baixo rendimento a seguir o ensino técnico e profissional pode consolidar as desigualdades sociais, refere o relatório Mundial da UNESCO, que será divulgado esta terça-feiraExigir aos estudantes com baixo rendimento escolar a optar pelo ensino técnico e profissional pode contribuir para acentuar a desigualdade social, alerta a agência das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), no relatório 2012 – Educação para Todos, apresentado esta terça-feira, 16 de outubro, no Conselho Nacional de Educação, em Lisboa. Obrigar os alunos de baixo desempenho a seguir o ensino técnico e profissional pode consolidar a desigualdade social e levar os empregadores a desvalorizarem esses programas, refere o estudo. Segundo o texto, um plano de estudos comum na primeira fase do ensino secundário ajuda a oferecer a todos os jovens as mesmas possibilidades de consolidar as suas competências. Para os autores do documento, a urgência de alcançar o objetivo da educação para todos, através da igualdade de oportunidades, acentuou-se desde 2000. a crise económica mundial está a refletir-se no desempenho, revelam os especialistas, segundo os quais um em cada oito jovens está hoje à procura de emprego.
Não satisfazer as necessidades do público jovem, em termos educativos, é uma perda de potencial humano e de poder económico. as competências dos jovens nunca foram tão vitais, explicam os peritos, citados pela agência Lusa. No estudo, onde é enunciado que os docentes são o recurso mais importante para melhorar o ensino, é também confirmado que quanto mais elevado é o escalão socioeconómico a que pertencem os alunos, melhores são os resultados na escola.