Bispos portugueses dizem que «a Igreja não se tem poupado de intervir» na atual situação de crise. «Estas intervenções da Igreja têm sido feitas sobretudo por obras sociais», defendeu a Conferência Episcopal depois de apelo de Ramalho Eanes
Bispos portugueses dizem que «a Igreja não se tem poupado de intervir» na atual situação de crise. «Estas intervenções da Igreja têm sido feitas sobretudo por obras sociais», defendeu a Conferência Episcopal depois de apelo de Ramalho Eanes a reação da Conferência Episcopal Portuguesa foi suscitada por uma entrevista de Ramalho Eanes à Rádio Renascença, na terça-feira, na qual o antigo Presidente da República disse que, neste momento, a Igreja devia ter uma voz mais ativa. afinal, sublinhou, quando os filhos de Deus e nossos irmãos estão em grande sofrimento, a Igreja deve fazer ouvir a sua voz. O padre Manuel Morujão afirmou que é certo que numa situação particularmente difícil, como a atual, tudo o que se possa fazer é sempre desejável e mesmo imperioso. Mas, insistiu, a hierarquia da Igreja, os nossos bispos, não se têm poupado de intervir, às vezes mais ouvidos outras vezes menos, quer individualmente quer ao nível coletivo, através de notas pastorais. E acho que, sobretudo, estas intervenções da Igreja têm sido feitas por obras sociais. Na referida entrevista, Eanes defendeu que um país que se preza e está preocupado com a unidade do seu povo não deixa ninguém para trás, sem apoios do Estado, porque isso põe em causa a unidade do país.