«Não se pode desmobilizar o capital humano para ressuscitar o capital financeiro», alertou Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa, reclamando uma «verba significativa» para a ação social no próximo Orçamento de Estado
«Não se pode desmobilizar o capital humano para ressuscitar o capital financeiro», alertou Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa, reclamando uma «verba significativa» para a ação social no próximo Orçamento de Estadoantecipando o próximo Orçamento de Estado, que será conhecido a 15 de outubro, Eugénio da Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa, referiu que são as pessoas que formam as nações e que não se pode desmobilizar o capital humano para ressuscitar o capital financeiro. Para Eugénio Fonseca, o governo deve destinar uma verba significativa para a área da ação social, de forma a apoiar pessoas carenciadas que necessitam de ajuda imediata, disse à agência Ecclesia.
Referindo-se às últimas medidas de austeridade anunciadas por Vítor Gaspar, ministro das finanças, o presidente da Cáritas referiu que estas foram recebidas com muita apreensão e adiantou que os responsáveis das organizações diocesanas estão a ficar bastante esmagados pelo sofrimento das pessoas que cada vez mais procuram ajuda. Na sua opinião, é necessário alargar o prazo de pagamento da dívida, porque as metas definidas pela troika são muito exigentes para um país que já tinha debilidades muito grandes em termos económicos.
O presidente da organização católica de solidariedade e ação humanitária considera quePortugal necessita de resolver o problema do défice para poder trilhar os caminhos do progresso. O responsável do organismo da Igreja Católica admite que a solidariedade dos portugueses tem sido inexcedível, mas refere também que o povo não pode dar mais do que aquilo que tem dado.