Missionários da Consolata criaram um centro na aldeia de Mgongo, na Tanzânia, para apoiar crianças que vivem nas ruas. Umas ficaram órfãs, outras foram abusadas, ou passaram por casas de correção
Missionários da Consolata criaram um centro na aldeia de Mgongo, na Tanzânia, para apoiar crianças que vivem nas ruas. Umas ficaram órfãs, outras foram abusadas, ou passaram por casas de correção Faraja é uma palavra Swahili que significa consolação’ e dá nome a um centro construído pelos Missionários da Consolata na aldeia de Mgongo, a poucos quilómetros da cidade de Iringa, na Tanzânia. a sua finalidade é ajudar muitas Crianças da Rua (menores que vivem em situações difíceis), para lhes dar abrigo em casos especiais. O problema destas crianças é cada vez maior por causa da pobreza e da difícil situação económica em que se encontra o país e também por causa do pesado flagelo do HIV/SID a em várias famílias, problema que faz aumentar o número de órfãos. a situação é tão grave e alarmante que está a descontrolar o sistema tradicional da subsistência familiar. a Casa Faraja é a nossa casa e nela procuramos dar um apoio generoso, ajuda, educação, amor e esperança ao futuro destas crianças. Não é fácil descrever a situação, a história e o ambiente em que vivem estes meninos e meninas nas ruas perto de nós, como Iringa, Mbeya, Morogoro, e mesmo mais longe, na cidade de Dar es Salaam. Muitas já estiveram em prisões juvenis, outras foram abusadas, ou mesmo violadas. algumas sofreram tanto que ainda agora sentem psicologicamente os efeitos dessas feridas. Trabalhamos com todo o empenho para tentar integrar estas crianças na vida da comunidade o mais rápido possível. Para conseguirmos concretizar este objetivo, visitamos os familiares e os parentes e procuramos juntá-los, promovendo reuniões e atividades recreativas em que discutimos o progresso dos menores e programamos o que mais conveniente nos parece. Quando a integração na comunidade é difícil, colaboramos estreitamente com as famílias para podermos ajudar os jovens a melhorarem o seu comportamento e ensinar-lhes as boas maneiras de viver em sociedade. Ensinamos-lhe os princípios fundamentais da educação e damos formação profissional, que os ajude a tornarem-se trabalhadores por conta própria; preparamo-los para serem empresários, capazes de viverem vidas independentes, ou mesmo aptos a darem emprego a outras pessoas. Para sermos capazes de fazer tudo isto, construímos uma escola primária que presta atenção não só às necessidades das crianças da Casa Faraja, mas também às das crianças das aldeias vizinhas e criámos um Centro de Formação Profissional. Presentemente, dos que vivem na Casa, 44 frequentam a escola primária, 26 a escola secundária, 65 o Centro de Formação Profissional, e cinco vão à universidade. Também começámos uma Oficina Cooperativa onde 15 dos que já completaram o curso de três anos do Centro de Formação Profissional trabalham e aperfeiçoam os conhecimentos. Os esforços para contribuir para o desenvolvimento desta zona levaram-nos também a construir três creches/infantários para tomar conta dos mais pequeninos, onde lhes ensinamos a educação base de contar, ler e escrever, antes de entrarem na escola primária. Neste departamento cuidamos de mais de uma centena de crianças.