O testemunho do superior dos Missionários da Consolata na África do Sul dá a conhecer a vivacidade da Igreja católica naquele país africano. Um dos projectos que lançaram foi a abertura de um seminário teológico
O testemunho do superior dos Missionários da Consolata na África do Sul dá a conhecer a vivacidade da Igreja católica naquele país africano. Um dos projectos que lançaram foi a abertura de um seminário teológicoO que fazeis na África do Sul? Perguntam os sul-africanos, sobretudo aqueles que nos vêm pela primeira vez. a resposta temo-la na ponta da língua: Somos missionários da Consolata. Jesus Cristo é a razão do nosso estar aqui. Não viemos fazer, mas ser. a explicação, que parecia ser simples e precisa, torna-se complicada. Pedem-nos mais esclarecimentos e lá vamos referindo o desígnio de Deus, de salvação para todos os homens, passando por Jesus Cristo, o intérprete fiel da Boa Nova de Deus à humanidade, e a Igreja como instrumento para render o plano divino de salvação. Finalmente, explicamos que para que todos tenham uma vida em abundância, é necessário que haja pessoas generosas – missionários e missionárias – para que o desejo de Deus seja realizado na terra. Depois destas palavras, os nossos interlocutores exprimem ares de surpresa. Nota-se neles uma predisposição, como que a dizerem: eu também quero ser missionário. Uma das características da Igreja católica na África do Sul é a vivacidade e o seu carácter jovial. Vivacidade na maneira de conceber e celebrar a fé. Jovial por dois motivos: a maioria dos crentes é constituída por jovens e crianças, portanto vibrante e promissora; os católicos sul africanos tem uma coabitação pacífica com outras religiões ou igrejas. É normal encontrar uma família em que os avós ou os pais são de uma igreja ou denominação e os filhos adultos decidiram tornar-se cristãos católicos. Os missionários da Consolata na África do Sul formam uma delegação, ao contrário de Portugal, que é uma região. O grupo é formado por um bispo, 12 padres e 12 seminaristas, que estão a estudar teologia e a preparar-se para a missão. atualmente, os missionários encontram-se a trabalhar nas arquidioceses de Pretória, nas missões de Waverley e Mamelodi; de Johansburgo, na missão de Daveyton e Durban, na missão de Woodlands, onde também têm o seminário teológico de Merrivale. asseguram ainda o trabalho pastoral na diocese de Dundee, nas missões de Madadeni, Osizweni, e Blaawubosch e no Vicariato de Ingwavuma, com o bispo José Luis Ponce de Leon. Um dos projetos que desenvolvemos na África do Sul, proposto pela direção geral do Instituto Missionário da Consolata (IMC), está relacionado com a abertura de seminário teológico. aceitámos o desafio e já lá vão quatro anos a formar jovens missionários ao nível da teologia. Neste momento, o seminário é frequentado por 12 jovens: seis no quarto ano, dois no terceiro, três no segundo e um no primeiro ano. a formação teológica inclui o trabalho pastoral e a opção pelo auxílio aos mais pobres. De facto, os seminaristas estão envolvidos em vários projetos numa área de gente carenciada, chamada Site 11 e Ghost Town.