Desde janeiro, mais de 700 mil pessoas saíram da Síria, Mali e RD Congo. O alto Comissário para os Refugiados, antónio Guterres, alerta para a tensão causada pela combinação de novos e antigos conflitos
Desde janeiro, mais de 700 mil pessoas saíram da Síria, Mali e RD Congo. O alto Comissário para os Refugiados, antónio Guterres, alerta para a tensão causada pela combinação de novos e antigos conflitosMais de 700 mil refugiados saíram da Síria, Sudão, Sudão do Sul, Mali e República Democrática do Congo desde o início do ano, revela o alto Comissariado da ONU para os Refugiados (aCNUR). Segundo o responsável pela organização, antónio Guterres, a combinação de novos conflitos e outros antigos ainda não resolvidos gerou uma crise de refugiados incomparável na história recente.
Guterres afirmou segunda-feira, 1 de outubro, em Genebra, que a capacidade do aCNUR em atender os refugiados está a ser radicalmente testada, acrescentando que as operações da organização em África estão dramaticamente subfinanciadas e que não há reservas de dinheiro disponíveis. O cenário mundial é imprevisível, o que é muito preocupante, disse o ex-primeiro-ministro de Portugal.
Durante a reunião do Comité Executivo do aCNUR (ExCom), antónio Guterres agradeceu aos países que mantêm as suas fronteiras abertas aos refugiados, e aos beneméritos que continuam a prestar apoio financeiro à organização. O alto-comissário apelou ao comité para renovar o compromisso coletivo com os que estão afastados de suas casas. Formado por 87 membros, o grupo encontra-se anualmente em Genebra para rever e aprovar o programa e o orçamento do aCNUR.