O papel da comunicação social, sobretudo da Igreja, é fazer passar a mensagem de Cristo, adequando-a aos tempos que correm e sem se enredar em termos vagos, utilizando a verdade como matriz
O papel da comunicação social, sobretudo da Igreja, é fazer passar a mensagem de Cristo, adequando-a aos tempos que correm e sem se enredar em termos vagos, utilizando a verdade como matriz a Igreja não pode deixar de estar no Mundo mediático, é uma missão – e direito – que não pode deixar de cumprir. as palavras são de Nuno Brás, vogal da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais. as Jornadas Nacionais de Comunicação Social, realizadas em Fátima a 27 e 28 de Setembro, foram ricas na diversidade e substância, permitindo àqueles que participaram o apalpar da dura realidade sob um prisma retórico, mas também prático. Tendo em conta a realidade económica existente, a maior parte dos profissionais tem dificuldade em cumprir rigorosamente a ética a que estão obrigados, pois outros valores se sobrepõem, especialmente os económicos.

Nuno Brás insiste – e bem – na necessidade de rigor, honestidade, investigação e a maior ausência de preconceito possível na comunicação social, independentemente de ser de índole cristã ou não. a verdade é que a preocupação atual da maior parte dos profissionais da comunicação social está concentrada no exercício do seu labor, pois há muito que deixaram de responder perante outros com as mesmas obrigações, antes são obrigados a submeter-se perante quem é dono ou gestor das estações ou dos títulos. apesar da realidade das circunstâncias, todos temos de manter esses princípios, sob pena de atraiçoar-nos a deontologia profissional que nos anima.

Nunca foi tão importante o papel da comunicação social da Igreja como atualmente, pois a Europa e o Mundo regem-se por valores opostos e contraditórios entre si. Há necessidade de uma maior preocupação e divulgação da doutrina social da Igreja para opor ao materialismo reinante na sociedade que despreza os valores morais. Por outro lado e como frisou o vogal da Comissão Episcopal, a Igreja tem necessidade de adaptar-se rapidamente ao novo mundo da web, as novas plataformas que geram maior participação e audiência, sector em que é notório o atraso de instituições e personalidades religiosas, salvo exceções pontuais.

Por outro lado, e como disse o Cónego antónio Rego, os média são a imagem do que nós somos. Efetivamente é uma realidade indesmentível e teremos que ter isso em conta diariamente. a mensagem que devemos transmitir deve ser simples, mas concisa, clara e precisa. Enquanto cristãos, e acreditando que Cristo tem resposta para os problemas da humanidade, é exatamente isso que devemos dar a conhecer, sem medos ou tibiezas. Esta máxima é válida para todos os cristãos, pois o testemunho do amor deve ser a nossa forma de vida, como no tempo dos apóstolos: Vede como eles se amam dizia o povo entre si. Portanto a nossa mensagem é muito simples, mas concreta, vamos amar o próximo, vendo nele o Cristo Ressuscitado.