a regulação da comunicação social em Portugal tem «um problema de fragilidade profundo», denunciou Marques Mendes, esta sexta-feira, nas Jornadas da Comunicação Social, em Fátima
a regulação da comunicação social em Portugal tem «um problema de fragilidade profundo», denunciou Marques Mendes, esta sexta-feira, nas Jornadas da Comunicação Social, em Fátima Luís Marques Mendes, conselheiro de Estado, esteve hoje em Fátima onde denunciou existir um problema de fragilidade profundo na regulação dos media em Portugal. Para o antigo líder social-democrata, a regulação da comunicação social tem um problema de autoridade que a condiciona profundamente. Nas palavras de Marques Mendes, a Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC) não tem a autoridade que devia ter para intervir. Tal acontece devido a um modelo de composição fortemente partidarizado, disse. Nas Jornadas Nacionais da Comunicação Social, o conferencista identificou, como sendo um pecado capital terrível, o facto do modelo da ERC favorecer muito o partidarismo e desfavorecer a sua independência em relação aos partidos. Quando devíamos ter uma regulação forte temos, por causa disto, uma regulação fraca. Quando devíamos ter uma regulação prestigiada e eficaz, temos uma regulação que é diminuída na sua autoridade e na sua efetiva capacidade para intervir, explicou. Para o ex-secretário de Estado da Comunicação Social, a ERC deveria ter outro modo de funcionamento, menos dependente dos partidos, onde deveriam estar autênticos senadores dos media portugueses. Os partidos em Portugal, infelizmente, chegaram a uma fase cada vez pior. Em que veem tudo numa lógica taticista e que descuraram completamente a visão de futuro e a visão estratégica, frisou. Face à atual crise económica, Marques Mendes, disse que o panorama em torno da comunicação social é particularmente sombrio. Na intervenção, intitulada, Liberdade, responsabilidade, regulação, frisou que as ameaças à liberdade de imprensa virão menos das pressões políticas e mais das dependências económicas. a conferência teve como comentadores antónio Rego, sacerdote, jornalista e antigo diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais (SNCS) da Igreja, e Eduardo Oliveira e Silva, do jornal i. O moderador foi o cónego João aguiar, presidente do Conselho de Gerência da Renascença e diretor do SNCS.
Silêncios e silenciamentos no atual contexto mediático foi o tema da intervenção que decorreu quinta-feira, 27 de setembro, no Seminário Verbo Divino, e que contou com a presença de Carlos Magno. Segundo o presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social, existe um monolitismo económico nas televisões e os jornalistas estão a perder vocabulário. No debate, moderado por alexandra Serôdio, jornalista do Jornal de Notícias, esteve também Orlando César, que dirige o Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas, e Manuel Vilas-Boas, jornalista da TSF.