a curiosidade pelo tema da oração entre cristãos e muçulmanos demonstrada pelas muitas pessoas que assistiram às conferências do arcebispo emérito de argel, em várias cidades do país, deixaram-no encantado e positivamente surpreendido
a curiosidade pelo tema da oração entre cristãos e muçulmanos demonstrada pelas muitas pessoas que assistiram às conferências do arcebispo emérito de argel, em várias cidades do país, deixaram-no encantado e positivamente surpreendido O arcebisco emérito de argel, Henri Teissier, faz um balanço muito positivo da visita a Portugal, a convite dos Missionários da Consolata, para falar da sua experiência com o drama dos monges trapistas assassinados em Tibhirine (argélia), em 1996, e dar a conhecer a sua visão atualizada e especializada em matéria de diálogo entre as diferentes religiões. Encontrei muita gente, em Lisboa, Fátima, Ermesinde, Porto e Braga, que estava à procura de uma melhor compreensão sobre o tema da oração entre cristãos e muçulmanos e isso aconteceu num momento em que o Papa visitou o Líbano. ao mesmo tempo, rebentou a contestação em vários países muçulmanos, por causa da divulgação do filme a inocência dos muçulmanos e a publicação numa revista francesa de caricaturas anti-Islão, disse o arcebispo à Fátima Missionária. Nas conferências que proferiu, o tema central foram as reflexões de Cristophe Lebreton – um dos monges assassinados no Mosteiro de Tibhirine – contidas no seu livro, cuja tradução em português foi agora lançada no nosso país, pela Consolata Editora. apesar de serem cristãos contemplativos, que viviam a sua vida monástica, [os monges trapistas] sempre procuraram a oração aberta com os seus vizinhos muçulmanos, explicou Henri Teissier. No final das sessões, as dúvidas colocadas pelos participantes, foram muito para além deste exemplo de martírio. Fizeram sempre muitas perguntas para saberem mais sobre o diálogo inter-religioso, adiantou o arcebispo, saudando o espírito de iniciativa dos Missionários da Consolata. Mesmo sem trabalharem no campo das relações entre cristãos e muçulmanos, compreenderam que todos os valores do Evangelho e dons de Deus têm que ser partilhados e apresentados ao mundo de hoje, concluiu.