« a nossa capacidade de ajudar tem limites», refere o presidente da União das Misericórdias, numa época em que se regista um aumento preocupante do número de pedidos de ajuda
« a nossa capacidade de ajudar tem limites», refere o presidente da União das Misericórdias, numa época em que se regista um aumento preocupante do número de pedidos de ajudaas Misericórdias não estão a conseguir responder aos pedidos de ajuda que têm vindo a aumentar, e muitas vivem com a corda na garganta. Isto coloca problemas de sustentabilidade e, portanto, de capacidade de resposta, porque o Estado não apoia o setor social, o Estado apoia-se no setor social, refere Manuel Lemos, presidente da União das Misericórdias em declarações à Rádio Renascença. a crise está a ser muito longa e muito grande e, portanto, há muitas misericórdias a entrar no vermelho. a nossa capacidade de ajudar tem limites. Em algumas Misericórdias estamos em cima dele, alerta.
Para Manuel Lemos, os sacrifícios para a maioria dos portugueses são muitos e é preciso que o Governo os explique. as pessoas precisam de uma explicação para o que se está a passar, porque estão encostadas à parede. acho que se o Governo explicar que isto foi aplicado em França nos anos 80 ou nos Estados Unidos ou em Inglaterra, e deu resultado, todos nós ficamos com disposição para passar por isso. Sob pena de todos nos questionarmos para que é todo este sacrifício, disse à mesma fonte.
a crise e a resposta social das Misericórdias estão, entre outros temas, em debate no décimo Congresso Internacional das Misericórdias que decorre entre esta quinta-feira, 20 de setembro, e sábado, 22 de setembro, nas cidades do Porto e Gaia. a organização do evento espera mais de 500 pessoas, provenientes de diversos países, num encontro que vai contar com a participação de Paulo Portas, ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Macedo, ministro da Saúde, e Pedro Mota Soares, ministro da Solidariedade e Segurança Social.