Os cortes nas pensões e nos salários dos portugueses impostos pelo governo podem colocar em causa o Estado de direito, alertou o presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP), alfredo Bruto da Costa

Os cortes nas pensões e nos salários dos portugueses impostos pelo governo podem colocar em causa o Estado de direito, alertou o presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP), alfredo Bruto da Costa
O Estado de direito em Portugal pode vir a ser posto em causa por causa das reduções das pensões e salários impostas unilateralmente pelo governo, denunciou quarta-feira à noite o presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP), alfredo Bruto da Costa, criticando a subserviência do executivo português e o discurso determinista e fatalista. No final de uma reunião em Lisboa, destinada a analisar a situação económica e social do país, Bruto da Costa considerou a estabilidade política um instrumento e não uma finalidade, acrescentando que a atual coligação governamental não existe para si, mas para tornar possível uma política estável. Se assim não for, tem que haver alguma revisão. Tudo quanto vimos foi um gesto de submissão aos governantes de países mais poderosos, que bem depressa esqueceram a sua própria história no contexto europeu da segunda metade do século XX, refere o organismo da Igreja Católica, numa nota divulgada pela agência Ecclesia.