Numa análise aos acontecimentos que ocorreram durante a última semana, Jorge Ortiga, arcebispo de Braga, referiu que os comentadores têm a melhor «solução» naquele que considera um «campeonato das audiências televisivas»
Numa análise aos acontecimentos que ocorreram durante a última semana, Jorge Ortiga, arcebispo de Braga, referiu que os comentadores têm a melhor «solução» naquele que considera um «campeonato das audiências televisivas»Referindo-se à situação atual do país, Jorge Ortiga,arcebispo de Braga, disse que os portugueses vivem num tempo de opiniões, no qual todos os comentadores têm sempre a melhor solução, a melhor análise e a melhor crítica no campeonato das audiências televisivas. Na homilia do último domingo, 16 de setembro, no Santuário da Senhora do alívio, distrito de Braga, o prelado referiu ser necessária uma mudança de paradigma que deve começar no coração de cada um para que sejam geradas obras que incomodem a paralisia económico-social. Para Jorge Ortiga, são necessárias ações concretas que incomodem a quietude de quem deveria resolver as questões fundamentais. Usando as palavras de Bento XVI, disse que a crise nunca poderá permitir a resignação, mas tornar-se num evento planificador de uma nova sociedade. Dirigindo-se aos fiéis, o prelado referiu que muitas vezes, a vergonha apodera-se e o silêncio esmaga as nossas palavras de verdade, justiça e esperança, e deixou o alerta: corremos o risco de permitir que o cristianismo desapareça da nossa cultura por causa da nossa inércia. Contudo, vale mesmo a pena viver neste tempo concreto da história da humanidade, sublinhou.