Os responsáveis das Igrejas cristãs presentes no Quénia fizeram um apelo ao governo para que garanta a segurança no distrito do Rio Tana, onde se têm registado violentos confrontos entre pastores e agricultores. Já morreu mais de uma centena de pessoas
Os responsáveis das Igrejas cristãs presentes no Quénia fizeram um apelo ao governo para que garanta a segurança no distrito do Rio Tana, onde se têm registado violentos confrontos entre pastores e agricultores. Já morreu mais de uma centena de pessoas Como parte da comunidade cristã no Quénia, estamos perturbados com o fato dos quenianos serem impunemente mortos e as propriedades e gado sejam saqueados. É incompreensível que mais de cem quenianos tenham sido assassinados no distrito de Tana River, nas últimas três semanas, e o governo não seja capaz, ou mesmo não esteja determinado, a restabelecer a segurança, afirmam os responsáveis do Conselho nacional das Igrejas do Quénia, numa declaração conjunta enviada ao executivo queniano. No documento, citado pela agência Fides, os líderes cristãos pedem o reforço das medidas de segurança na região, a punição dos autores dos crimes e convidam o governo a enfrentar as causas da violência, delimitando a fronteira entre o rio Tana e a área contestada de Garissa para garantir o acesso dos pastores à água. Se o conflito não for resolvido com urgência, pode criar-se um perigoso modelo para outras regiões do país onde existem problemas semelhantes, incitando as populações a fazerem justiça com as próprias mãos, alerta a declaração. Os últimos confrontos entre as comunidades Pokoma e Orma ocorreram a 10 de setembro e provocaram 38 mortos.