Num país onde a pobreza impede muitos alunos de frequentarem a escola, mais de 300 mil crianças trabalham para reforçar o orçamento familiar. Muitas são vítimas de agressões e exploração sexual
Num país onde a pobreza impede muitos alunos de frequentarem a escola, mais de 300 mil crianças trabalham para reforçar o orçamento familiar. Muitas são vítimas de agressões e exploração sexualNa República das Honduras, na américa Central, mais de 300 mil crianças pobres trabalham para ajudar as próprias famílias, sofrendo, muitas vezes, violências e maus-tratos, denunciou esta quarta-feira, 12 de setembro, a agência Fides. Os menores que nascem nas zonas rurais têm menos possibilidades de desenvolvimento devido à situação de pobreza e miséria que atingem muitas regiões do país, não usufruindo dos serviços de educação. Só nos últimos dez anos, a organização humanitária Casa aliança registou a morte violenta de mais de seis mil menores, além de centenas de outras crianças que são vítimas de violência e exploração sexual, tráfico e consumo de drogas.

Uma responsável pelas Nações Unidas, encarregada da tutela dos menores vítimas de tráfico, prostituição e pornografia infantil, disse recentemente que para combater os exploradores é preciso que os países sigam um sistema legislativo conforme aos padrões internacionais. O país não pode lutar sozinho contra as redes de criminosos que abusam e exploram sexualmente os menores, e é necessário que os países limítrofes se unam, referiu a responsável. Fenómenos como disparidades económicas, pobreza, insegurança, falta de um sistema educativo e violência contribuem para agravar o problema num país onde a pobreza envolve mais de 60 por cento dos 8,2 milhões de habitantes.