a comunidade académica, os governos e a socidade civil devem trabalhar para que a língua portuguesa seja mais do que uma língua de cultura, uma língua da «ciência e tecnologia», afirma o ex-presidente de Cabo Verde, Pedro Pires
a comunidade académica, os governos e a socidade civil devem trabalhar para que a língua portuguesa seja mais do que uma língua de cultura, uma língua da «ciência e tecnologia», afirma o ex-presidente de Cabo Verde, Pedro PiresPedro Pires, ex-presidente de Cabo Verde e vencedor do Prémio Mo Ibrahim, referiu em entrevista à Rádio ONU, que a língua portuguesa precisa de se afirmar não só como língua de cultura, mas sobretudo de ciência e tecnologia. Para tal, Pedro Pires defende que é necessário que exista um esforço da comunidade académica, da sociedade civil e dos governos dos países lusófonos para elevar o estatuto da língua portuguesa no campo da pesquisa.
Para além de uma língua de cultura, o português deverá ser uma língua de tecnologia, este é um trabalho a ser feito, adiantou Pedro Pires. Para tal, caberá aos países mais avançados e mais populosos como Brasil, Portugal, angola e Moçambique trabalharem para fazer da língua portuguesa uma língua de cultura, mas sobretudo uma língua de ciência e tecnologia. Para o ex-presidente de Cabo Verde, as investigações nos mais diversos domínios vão precisar de ser em língua portuguesa. É um esforço que deve ser feito, concluiu.
além de Cabo Verde e Brasil, o português é falado, como língua oficial, em angola, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. O Prémio Ibrahim reconhece e premeia a excelência na liderança africana. De acordo com o portal Mo Ibrahim Foundation, o prémio é atribuído a um ex-chefe de Estado de um governo africano eleito democraticamente, que tenha cumprido o seu mandato constitucionalmente definido e cessado funções nos últimos três anos.