Nasceu em França, mas considera-se um cidadão argelino há 46 anos. Henri Teissier, arcebispo emérito de argel, conhece em profundidade a situação da Igreja Católica no mundo árabe e tem-se desdobrado em conferências em todo o mundo
Nasceu em França, mas considera-se um cidadão argelino há 46 anos. Henri Teissier, arcebispo emérito de argel, conhece em profundidade a situação da Igreja Católica no mundo árabe e tem-se desdobrado em conferências em todo o mundoO sonho de querer ser padre numa sociedade árabe concretizou-se. De origem francesa, Henri Teissier, chegou à argélia com a família, tinha apenas 16 anos. Fez os estudos no seminário e partiu para o Cairo, no Egito, onde aperfeiçoou os seus conhecimentos do mundo árabe e islâmico, na Universidade local. Nomeado bispo de Oran (argélia) em 1972, foi proposto para arcebispo coadjutor do cardeal Duval, em argel, em 1981. Entre 1988 e 2008, foi arcebispo titular desta diocese. Entre os vários cargos de grande responsabilidade na Igreja do Norte de África, exerceu a função de vice-presidente da Cáritas Internacional para os países árabes, entre 1979 e 1988. Conhecedor em profundidade da situação da Igreja Católica no mundo árabe, tem participado em diversos colóquios islâmico-cristãos e proferido conferências nos países do Magreb, no Médio Oriente e na Europa. Os vários livros publicados sobre o tema fazem dele um especialista nas relações entre cristãos e muçulmanos. Um dos momentos dramáticos que viveu está relacionado com o massacre dos monges trapistas, no mosteiro de Nossa Senhora do atlas, em Tibhirine, argélia, em 1996. Os religiosos foram raptados por um grupo terrorista islamista e assassinados em condições que continuam por esclarecer nos dias de hoje. Henri Teissier acompanhou de perto o martírio destes monges, antes e depois do massacre. Quis por isso publicar um livro – que vai ser editado em Portugal pelos Missionários da Consolata -, onde dá a conhecer a vida de Cristophe Lebreton, um dos monges assassinados.