Um vai e vem constante em frente da entrada do centro comunitário do Zambujal prenuncia um acontecimento fora do normal. Três missionários da Consolata assumem, a 9 de setembro, a animação da comunidade cristã deste bairro da Buraca, às portas de Lisboa
Um vai e vem constante em frente da entrada do centro comunitário do Zambujal prenuncia um acontecimento fora do normal. Três missionários da Consolata assumem, a 9 de setembro, a animação da comunidade cristã deste bairro da Buraca, às portas de LisboaPouco a pouco juntam-se as pessoas, inicia-se a procissão. Dentro do espaço apinhado, cantam e recebem os celebrantes. É com grande satisfação e alegria que hoje acolhemos os novos membros da nossa família do Zambujal, explica com entusiasmo Vítor Monteiro. Vamos abrir os nossos corações e as portas das nossas casas para que se sintam acolhidos no seio da nossa comunidade, convida o jovem para introduzir um gesto simbólico, mas muito significativo. Os presentes dirigem-se ao altar para entregar uma chave figurativa. Um rito longo misturado com gestos e expressões de alegria. Tocou a alexandra Fernandes explicar o significado da festa: Celebramos o compromisso de Deus com a vida e a felicidade do homem. E acrescentou: Celebramos as mãos consagradas que são enormes dádivas dos sacramentos de Deus para o seu povo, mãos consagradas em prol do amor, mãos que abraçam e curam. alexandra Fernandes sublinhou o compromisso da comunidade: a entrega da chave do nosso coração, da nossa morada uns aos outros é o compromisso que estabelecemos com Deus e com a comunidade, sinal de caminho de partilha, doação e amor. O superior dos Missionários da Consolata, antónio Fernandes, presidiu à Eucaristia de tomada de posse da nova equipa, constituída pelos padres Luís Maurício, albino Brás e Mário Campos, que é chamada a continuar um trabalho que já tem um decénio de presença no bairro: a missão só se constrói abrindo portas e abrindo corações, afirmou o celebrante. a partir deste momento, os três missionários passam a viver no coração do bairro. Não tenhamos medo de mostrar outro rosto da Igreja, desafiou o celebrante. Uma Igreja nova que queremos construir, de coração aberto. Num espírito de comunhão: Deus e a missão uniram-nos. E o superior dos Missionários da Consolata concluiu: Quando chega uma pessoa a nossa casa, transformamo-nos. O Zambujal ajude os nossos grupos, jovens e leigos a abrir-nos, a construir uma família muito mais rica. Espero poder conhecer não só as pessoas, mas também onde vivem, quem são as pessoas, quem vive convosco. Estou muito feliz, declarou Mário Campos no final da celebração. Que seja uma comunidade missionária, eucarística, expressão do Evangelho vivo. É só nessa Igreja que eu acredito, augurou albino Brás aos cristãos do Zambujal. Por seu lado, Luís Maurício afirmou que o sonho se cumpriu e augurou que todos juntos possam construir a missão neste bairro.