Casais passam mais tempo juntos, o que pode desencadear mais atritos. Segundo a associação de apoio à vítima (aPaV), as agressões são cada vez mais violentas e a crise económica pode desencadear ainda mais violência nos lares portugueses
Casais passam mais tempo juntos, o que pode desencadear mais atritos. Segundo a associação de apoio à vítima (aPaV), as agressões são cada vez mais violentas e a crise económica pode desencadear ainda mais violência nos lares portugueses Sempre que chegam os meses de verão, aumenta o número de casos de violência doméstica. a explicação para o fenómeno poderá estar no facto de aumentar também o grau de convivência entre casais neste período do ano. Há a convicção de que no verão, a partir do momento em que há maior convivência, acaba por acontecer a violência, disse à agência Lusa, esta quarta-feira, 5 de setembro, o diretor-executivo da associação de apoio à Vítima (aPaV), João Lázaro. a crise financeira será outro dos fatores que podem induzir à violência. Embora não existam ainda dados que permitam uma relação causa-efeito, a pressão económica e a falta de trabalho são situações que podem proporcionar mais um fator que leva à agressão e aos atritos em família, adiantou o responsável. Este ano, só no primeiro trimestre, foram mortas 20 mulheres no país, em contexto conjugal, segundo um estudo divulgado pelo jornal Diário de Notícias. Tendo em conta que em 2011 houve 27 mulheres assassinadas, o dirigente da aPaV, considerou estes números inquietantes. E assinalou outra preocupação: o aumento da violência usada pelos agressores. Os crimes estão a tornar-se mais violentos, as metodologias estão mais violentas e isso reflete-se na área da violência doméstica, sublinhou João Lázaro.