Missionário comboniano espanhol prepara-se para assumir o cargo de secretário do Pontifício Conselho para o Diálogo inter-religioso
Missionário comboniano espanhol prepara-se para assumir o cargo de secretário do Pontifício Conselho para o Diálogo inter-religiosoNa base desta nomeação está a sua experiência missionária adquirida no terreno e o serviço à frente do Pontifício Instituto de Estudos Árabes e Islâmicos (Pisai) de que foi reitor.
Miguel Ángel ayuso Guixot foi missionário no Egito e no Sudão durante vinte anos. Foi sobretudo aí que descobriu a importância do diálogo como instrumento para superar os conflitos e alcançar juntos a fonte da paz, refere ele numa entrevista ao Observatore Romano, publicada a 1 de setembro. Na opinião deste perito em Estudos Islâmicos, considerada a situação que se vive nestes dois países, o diálogo entre as religiões, embora não se ocupe de questões políticas, pode dar a sua contribuição específica para o reconhecimento dos valores que estão na base da justiça e da paz, quer dentro do país quer nas relações com os Estados.
Reconhece que a missão que lhe foi confiada por Bento XVI é delicada. Mas afirma que devido ao estudo e à experiência adquirida, conhece suficientemente bem os muçulmanos com os quais a Igreja católica deseja dialogar em vários modos e lugares. O Islão é uma realidade à qual se deve dedicar uma atenção especial, sem descuidar os outros crentes. E tudo isto confirma a importância que Bento XVI atribui às relações dos muçulmanos com os cristãos.
as notícias que nos chegam não só do Sudão e do Egito, mas também da Nigéria e do Paquistão, dizem-nos como é fundamental o diálogo para construir a paz entre religiões e evitar conflitos provenientes de fundamentalismos que são sempre geradores de desentendimentos e atentados à liberdade religiosa.