O prestigiado The New York Times definiu-o numa frase: «Talvez o melhor filme de sempre sobre o compromisso cristão». a pelí­cula relata o martí­rio de sete monges, assassinados por um grupo terrorista
O prestigiado The New York Times definiu-o numa frase: «Talvez o melhor filme de sempre sobre o compromisso cristão». a pelí­cula relata o martí­rio de sete monges, assassinados por um grupo terroristaBaseado numa história real, o filme Dos Homens e dos Deuses (2010), do realizador francês Xavier Beauvois, vencedor de vários prémios entre os quais o do Festival de Cannes, conta a história de uma pequena comunidade de monges contemplativos (cistercences) do mosteiro de Tibhirine (argelia) que sofreu em maio de 1996 a violência do martírio por parte de um grupo terrorista islâmico que os sequestrou e posteriormente os assassinou. Foi o martírio de sete monges dessa comunidade a juntar à de muitos milhares de tantos outros religiosos, missionários e homens de boa vontade de ontem, de hoje e de sempre. O impacto do filme nos participantes do Curso de Missiologia, que está a decorrer em Fátima, foi grande. O contexto era propício: foi passado na noite do dia (29 de agosto) em que antónio Couto, bispo de Lamego, apresentou o tema São Paulo como modelo de missionário, também ele mártir da fé. E no mesmo dia em que a liturgia da Igreja celebrava o martírio de São João Batista. No final, Rosa Maria, das Franciscanas Missionárias de Nossa Senhora, disse que o que mais a marcou foi o compromisso dos monges trapistas para com aquele povo: diante de tantos perigos, eles optaram por ficar porque aquele era o seu povo, e não podiam abandoná-los. Eles estavam ali pelo Evangelho e não iriam fugir. Foi um testemunho até ao martírio, acrescentou. O discernimento comum, o diálogo que tinham uns com os outros e a oração foram, para a religiosa, os trunfos da fortaleza destes monges. Maria da anunciação, leiga pertecente à Liga Intensificadora para a ação Missionária (LIaM), destacou a persistência dos monges, o sacrifício e, sobretudo, o amor e a fé por Cristo. Saber que se dá a vida por alguém – também nos dias de hoje e não apenas nos tempos de Paulo – sem qualquer contrapartida, mas sim por amor, é extraordinário. O filme é lindo!, desabafou. Para o psicólogo albino Camarinha, que faz acompanhamento vocacional na comunidade dos Missionários da Consolata, em Palmeira, Braga, impressiona, especialmente, a inter-relação que aqueles monges trapistas tinham com o povo, com os rebeldes e com o governo. E ver que a decisão deles foi ficar – tal como Paulo na sua missionação – com os mais fracos, com o povo, rejeitando claramente as pressões do governo e mesmo dos rebeldes. Henri Teissier, arcebispo emérito de argel (argélia) foi testemunho dos acontecimentos narrados neste filme e vai estar no próximo mês de setembro em Portugal, a convite dos Missionários da Consolata, para algumas conferências. Será um dos intervenientes nas Jornadas Missionárias, a realizar em Fátima, onde apresentará o tema Missão e Profecia. O Curso de Missiologia, que termina sábado, 1 de setembro, é uma ação de formação missionária que decorre no Seminário da Consolata, em Fátima.