Tobias Oliveira está de partida para Roma, Itália, para desempenhar o cargo de secretário-geral do Instituto Missionário da Consolata (IMC). Depois de vários anos em missão no Quénia, regressa à Europa com ideias muito claras sobre a vida consagrada
Tobias Oliveira está de partida para Roma, Itália, para desempenhar o cargo de secretário-geral do Instituto Missionário da Consolata (IMC). Depois de vários anos em missão no Quénia, regressa à Europa com ideias muito claras sobre a vida consagrada a primeira abordagem soou-lhe a brincadeira. Mais tarde, quando chegou o convite oficial do Superior Geral do IMC, percebeu, que afinal era verdade. Stefano Carmelengo fazia mesmo questão de o ter em Roma, para o cargo de secretário-geral do Instituto.como sempre fez na vida de missionário, não conseguiu dizer que não. No sábado, 1 de setembro, inicia uma nova fase da sua vida. Natural da Fundada, concelho de Vila de Rei, Tobias Oliveira esteve mais de uma década no Quénia. Nos últimos anos, foi superior da Casa Regional, em Nairobi, e secretário regional de todos os Missionários da Consolata, presentes naquele país africano. Quase a terminar mais um ciclo de 11 anos de missão, contava agora dar lugar aos mais novos e ir para as linhas traseiras, por exemplo, na direção espiritual de um seminário, ou a dar aulas. Mas acabou envolvido num novo desafio. Fiz aquela asneira que nós missionários sempre fazemos, acabei por dizer que sim, gracejou o sacerdote, de 69 anos, acabado de regressar de um período de reflexão, em Jerusalém. De partida para Itália, Tobias Oliveira leva na bagagem uma forte experiência de missão e uma ideia clarividente do futuro da evangelização. Fazer missão hoje com as ideias de há 30 anos não resulta. Devemos é pegar no material que temos, dizer que isto é bom, que é um dom de Deus, que é uma possibilidade fantástica de fazer o bem e depois começar a fazê-lo, disse à Fátima Missionária. Tocado por África pela amplitude de visão e abertura de horizontes que a experiência proporcionou, sentiu-se evangelizado e presenteado como se tivesse tido a oportunidade de pisar o seu bocadinho de paraíso na terra. Quanto aos desafios da nova evangelização, proclamada pelo Papa Bento XVI, considera que o fundamental é sempre a missão. O importante é saber tocar Cristo no mundo em que vivemos, senti-lo tão vizinho, que os outros, olhando para nós, o vejam também. No passado, um missionário podia viver um bocadinho a sua missão a nível superficial e conseguia fazer muita coisa boa e ser um exemplo. Hoje, se não for missionário a 100 por cento, ou lá perto, é mais difícil. Estamos num mundo em que todos têm uma palavra a dizer, todos têm uma visão. Não se pode fingir ser missionário.como diz Santo agostinho, não se pode fingir ser pastor, tosquiar as ovelhas e ir embora, frisa Tobias Oliveira.