Santa Sé apela à união entre as maiores economias mundiais para evitar uma nova crise alimentar, que pode ter consequências dramáticas para as populações mais pobres e necessitadas
Santa Sé apela à união entre as maiores economias mundiais para evitar uma nova crise alimentar, que pode ter consequências dramáticas para as populações mais pobres e necessitadas O alerta foi lançado numa reunião de responsáveis do G20, realizada segunda-feira, em Genebra, na Suíça. O Vaticano considera fundamental que se percebam as causas da escassez alimentar que afeta várias regiões do globo e sugeriu às maiores economias mundiais que se unam para enfrentarem a política global de alimentação que se vive no mundo atual. Há uma grande quantidade de alimentos, de produtos agrícolas que são usados para produzir biocombustíveis, afirmou Silvano Tomasi, observador permanente da Santa Sé junto das Nações Unidas, sublinhando a necessidade deseequilibrar a vontade de defender o meio ambiente com a prioridade da alimentação, ligada à vida humana. Para o arcebispo, citado pela Rádio Vaticano, a política global do G20 deve ter em linha de conta o impacto da especulação financeira relacionada com os alimentos, com consequências nas camadas mais pobres e necessitadas. O observador aponta para a existência de 170 milhões de crianças com problemas que resultam de uma alimentação desadequada. E a crise pode agravar-se por causa da seca.