a Índia enfrenta uma onda de calor que está a matar os mais débeis e pobres da sociedade. O desperdício dos recursos hídricos e a poluição provocam a falta de água potável e o preço elevado da mesma.
a Índia enfrenta uma onda de calor que está a matar os mais débeis e pobres da sociedade. O desperdício dos recursos hídricos e a poluição provocam a falta de água potável e o preço elevado da mesma. Na Índia, começou o verão com temperaturas extremamente altas. Em Deli os termómetros registam 43 graus centígrados. Todos os anos, os socialmente mais débeis sofrem as consequências das altas temperaturas. No estado de Orissa já se registaram sete mortos devido à onda de calor. as autoridades locais estão a investigar outras 71 mortes, que poderão estar ligadas ao calor.
“De há uns anos para cá, a subida progressiva das temperaturas e a má administração dos recursos hídricos fizeram aumentar o número de mortes”, explicou à Misna Jimmy Dabhi, director do Instituto Social Indiano.
“Os que estão a morrer de desidratação e golpes de calor são os pobres, os mendigos e os que trabalham na rua durante o dia. Essas pessoas ficam todo o dia ao sol, sem abrigo e sem líquidos para ingerir. Uma garrafa de água custa dez rupias, a quinta parte do rendimento médio diário, equivalente a menos de um euro”, explicou Dabhi.
“as águas subterrâneas foram exploradas sem consideração alguma, para fornecer água à indústria e para o turismo: piscinas, jardins, campos de golfe. Infelizmente os rios estão demasiado poluídos para obter água potável”, continuou Dabhi.
as temperaturas podem facilmente atingir 50 graus centígrados, pelo que se torna necessário enfrentar esta situação de uma maneira programada. é preferível que o governo desista de grandes projectos, difíceis de executar e administrar, a favor de pequenos projectos administrados localmente. “O desperdício tem que ser reduzido e a cada cidadão tem que ser garantido, como direito fundamental, 40 a 50 litros para consumo pessoal e das suas actividades produtivas”. Muito longe da média de 200 litros diários consumidos nos países ocidentais.