Sentença emblemática de 70 anos de prisão infligida a Pedro Garcia, ex-chefe da polícia da Guatemala, responsável pelo desaparecimento de detidos durante a guerra civil que flagelou aqiuele país de 1960 a 1996
Sentença emblemática de 70 anos de prisão infligida a Pedro Garcia, ex-chefe da polícia da Guatemala, responsável pelo desaparecimento de detidos durante a guerra civil que flagelou aqiuele país de 1960 a 1996 a associação que reúne os familiares dos presos e desaparecidos – chamado GaM, grupo de apoio mútuo – da guerra civil de 1960 a 1996, definiu a sentença que condena Pedro Garcia a 70 anos de prisão, como uma sentença emblemática que permite esperar o fim da impunidade em Guatemala. O ex-chefe da polícia é acusado do desaparecimento forçado do estudante Edgar Sáenz, em 1981.

ainda que seja apenas a quarta sentença sobre desaparecimentos forçados, ela dá às famílias a confiança para continuar a denunciar os factos e a procurar justiça, explicou o GaM, recordando que os pais do jovem lutaram em tribunal durante 31 anos. Mas valeu a pena, pois agora conseguiram que lhes fosse feita justiça num processo que durou 13 meses.

Já chefe do grupo chamado Comando dos Seis, da dissolvida polícia nacional, Pedro Garcia foi condenado a 40 anos pelo desaparecimento forçado e a mais 30 por crimes contra a humanidade no quadro de um conflito que se concluiu com mais de 200 mil mortos. Pouco a pouco a justiça guatemalteca avança, reconhecendo as atrocidades cometidas durante o conflito armado. Preso desde 24 de julho, Pedro Garcia deverá ainda enfrentar mais um processo pelo incêndio provocado na embaixada de Espanha que causou a morte a 37 pessoas, em 31 de janeiro de 1980.