Três jornalistas são alvo de ameaças de morte na Colômbia. Os três jornalistas são conhecidos pelo seu profissionalismo e pela liberdade com que exercem a sua profissão.
Três jornalistas são alvo de ameaças de morte na Colômbia. Os três jornalistas são conhecidos pelo seu profissionalismo e pela liberdade com que exercem a sua profissão. ameaças de morte contra jornalistas colombianos estão a pôr em causa a liberdade de imprensa no país. as ameaças começaram a 16 de Maio, com a entrega de coroas fúnebres nas casas e escritórios dos três jornalistas: Hollman Morris, Daniel Coronell e Carlos Lozano. Ninguém se responsabilizou pelas ameaças.
Ontem, 18 de Maio, o presidente Álvaro Uribe condenou o sucedido, afirmando ter dado ordens para aumentar a segurança dos jornalistas e investigar o caso. as ameaças na Colômbia são muito comuns, a arma do medo é usada tanto pelos paramilitares como pela guerrilha para silenciar vozes incómodas. E as poucas vozes que não se deixam silenciar correm perigo real.
O próprio presidente durante a campanha sofreu um atentado à bomba, do qual se salvou quase por milagre: foi salvo por um autocarro que ia a passar quando a bomba explodiu, protegendo parcialmente o carro em que ele viajava. apesar de blindado, o carro ficou parcialmente destruído.
Um dos jornalistas ameaçados, Hollman Morris, recebeu o prémio Hellman-Hammett 2005, dado pelo Observatório dos Direitos Humanos (HRW), que pretendeu premiar a sua coragem face aos riscos que corre relatar assuntos de direitos humanos. Morris dirige o programa televisivo Contravía, que se debruça sobre os assuntos mais controversos levantados pelo conflito interno colombiano, incluindo as atrocidades cometidas por ambas as partes envolvidas.
Daniel Coronell, outro dos jornalistas ameaçados, é o director de Noticias Uno. Também escreve uma coluna na revista Semana. Carlos Lozano, director do jornal comunista colombiano Voz, é o terceiro jornalista ameaçado.
Jornalistas e defensores dos direitos humanos na Colômbia são vítimas frequentes de ameaças, abusos e assassínios às mãos de grupos armados e de delinquentes. De acordo com um relatório recente da organização Jornalistas Sem Fronteiras, 28 foram atacados fisicamente e 25 foram ameaçados só em 2004, na Colômbia. “Uma sociedade democrática depende de meios de comunicação activos e livres de abusos e intimidações”, disse Vivanco, director do HRW para a américa. “ataques e ameaças contra os jornalistas prejudicam a Colômbia e a própria democracia”.