Reis e prí­ncipes do Médio Oriente pretendem construir um complexo de caça de animais selvagens nas terras de 48 mil pastores da Tanzânia. O presidente está a ser tentado e pressionado por capitais de empresas privadas
Reis e prí­ncipes do Médio Oriente pretendem construir um complexo de caça de animais selvagens nas terras de 48 mil pastores da Tanzânia. O presidente está a ser tentado e pressionado por capitais de empresas privadasSó o presidente tanzaniano, Jakaya Kikwete, pode impedir a expulsão forçada dos pastores Maasai das suas terras. Já não seria a primeira vez que os meios de comunicação forçaram o presidente a não assinar um decreto de expropriação. a qualquer momento, uma grande empresa de caça de animais pode fechar um contrato que levaria a que mais de 48 mil membros da famosa tribo africana Maasai a abandonar as suas terras para dar lugar a reis e príncipes ricos do Médio Oriente, que desejam caçar leões e leopardos. Especialistas dizem que a aprovação do contrato pelo presidente da Tanzânia, Jakaya Kikwete, pode acontecer a qualquer momento. Só uma reação forte poderá impedir que uma parte do parque Serengeti seja sacrificada. Os Maasai são pastores semi-nómadas que vivem na Tanzânia e no Quénia, há séculos, desempenhando um papel fundamental na preservação do delicado ecossistema da região. Os pastores são um obstáculo para a concretização do projeto das famílias reais dos Emirados Árabes Unidos, de caça de animais. Um acordo para expulsar os Maasai, abrindo o caminho aos ricos caçadores estrangeiros, causará danos à vida selvagem, assim como às comunidades que serão destruídas. ao passo que o presidente Jakaya Kikwete afirma que a venda das terras dentro do acordo é bom para o desenvolvimento da região. Todavia tal acordo seria prejudicial para o turismo da Tanzânia, uma importante fonte de divisas. Em 2009, uma tentativa semelhante de expropriação de terras gerou uma reação generalizada dos meios de comunicação, fazendo abortar o acordo com a mesma empresa que está agora a fazer nova tentativa. Já depois da empresa, com o apoio da polícia, ter começado a expulsar as pessoas com violência e a destruir casas, provocando a morte de cabeças de gado, o presidente voltou atrás e devolveu a terra aos Maasai. O acordo atual poderá igualmente ser evitado, assinando uma petição, propõe a organização avaaz.