Todos os anos, milhões de sul-coreanos passam férias no estrangeiro, gastando grandes quantidades de dinheiro em compras, estâncias turí­sticas e outras atrações locais. as consequências fazem-se sentir na economia local afetada pela crise mundial
Todos os anos, milhões de sul-coreanos passam férias no estrangeiro, gastando grandes quantidades de dinheiro em compras, estâncias turí­sticas e outras atrações locais. as consequências fazem-se sentir na economia local afetada pela crise mundialO governo sul-coreano, pela primeira vez, manifesta que gostaria que os coreanos passassem férias no país. No contexto da atual crise mundial, que afeta sobretudo a economia norte-americana e europeia, a Coreia começa a sentir os efeitos da mesma e tenta contrariar as perspetivas que apontam para uma acentuada desaceleração da exportação, a principal fonte de receitas do país. Consciente do perigo que esta situação representa, o presidente Lee Muong-bak apelou recentemente aos sul-coreanos para que ajudassem a economia local, que tem vindo a entrar em recessão, passando as férias no seu próprio país. Tendo vivido durante tantos anos sob regimes ditatoriais, os coreanos, privados também do prazer de viajar e de conhecer o mundo, os coreanos tornaram-se, nas últimas décadas, ávidos consumidores de produtos de luxo e de férias no estrangeiro. Os números apontam para cerca de 12,3 milhões de pessoas – num total de 50 milhões – que até ao fim do ano farão férias fora do país, ultrapassando o número de turistas que visitam a Coreia (estão previstos cerca de 11 milhões até ao fim do ano).com o país em crise, os coreanos não deixam de gastar avultadas quantidades de dinheiro no estrangeiro. Só nos primeiros três meses de 2012, deixaram fora do país cerca de 227 mil milhões de dólares. Por esta razão, é compreensível o apelo do governo para que as pessoas vão para fora cá dentro. Porém, a verdade é que muitos são os que continuam a ignorar o apelo, porque querem fugir ao caos político em que se encontra o país, sobretudo no que se refere a casos de corrupção que envolvem alguns familiares e colaboradores do presidente.