O novo santuário dedicado a Maria Rainha dos Mártires, no Centro do Guiúa, foi escolhido para acolher a celebração central dos 50 anos da diocese de Inhambane. Milhares de pessoas assistiram às cerimónias religiosas
O novo santuário dedicado a Maria Rainha dos Mártires, no Centro do Guiúa, foi escolhido para acolher a celebração central dos 50 anos da diocese de Inhambane. Milhares de pessoas assistiram às cerimónias religiosasVinte anos volvidos sobre o massacre dos catequistas do Guiúa, o bispo adriano Langa decretou a criação do Santuário Diocesano de Maria Rainha dos Mártires, dedicado à memória destes homens e mulheres que testemunharam a fé com o seu sangue. Foi este o local escolhido para a grande celebração diocesana, junto ao local onde jazem os restos mortais dos catequistas assassinados com as suas famílias em 22 de março de 1992. Um vasto terreno foi limpo e preparado para o novo santuário poder acolher os peregrinos e apenas uma simples tribuna foi erguida no local onde fica o altar das celebrações. Toda a comunidade paroquial do Guiúa se mobilizou nos trabalhos de limpeza do terreno e no dia 5 de agosto mais de 2500 pessoas puderam participar na grande cerimónia comemorativa do Jubileu Diocesano. algumas vieram de locais distantes, dos extremos da província. a eucaristia foi presidida pelo arcebispo de Maputo, Francisco Chimoio, e concelebrada por cinco bispos e 60 sacerdotes, da diocese de Inhambane e também de outras dioceses. a litúrgia foi cuidadosamente preparada e um coro de mais de cem vozes das paróquias de Guiúa, Inhambane e Maxixe, ecoou afinado na vastidão do espaço do santuário. as danças litúrgicas, brilharam na sua simplicidade e harmonia e toda a assembleia acompanhou cantos e orações de júbilo pelos 50 anos caminhados pela diocese de Inhambane num impressionante testemunho de fé. Vinte anos depois do massacre dos catequistas do Guiúa e suas famílias, naquele que foi outrora um lugar ermo e despojado, palco de singular violência, ergueu-se agora um santuário de fé e de paz. O exemplo daqueles homens e mulheres que optaram por uma vida de testemunho e anúncio do Evangelho, permanece e multiplica-se, agora mais do que nunca. a história da diocese de Inhambane e da Igreja de Moçambique celebra 50 anos. Cinco décadas marcadas pelo sangue derramado e pelo indelével sinal daqueles que ousaram começar e perseveraram num caminho de anúncio da mensagem do evangelho. Hoje como ontem caminhamos juntos, crescendo sempre, firmes na fé.