as famílias estão a resistir com dificuldade à pobreza crescente e avassaladora
que resulta da presente recessão económica
as famílias estão a resistir com dificuldade à pobreza crescente e avassaladora
que resulta da presente recessão económicaaté quando? aumenta, de dia para dia, o número de pessoas que vivem na indigência. as estatísticas apresentam números preocupantes que acentuam uma desigualdade social reveladora de privações materiais pesadas, sem disponibilidade de rendimento suficiente para viver com um mínimo de dignidade. O número de inscritos nos centros de emprego aumentou 24,5% em junho, face ao mesmo período do ano passado. Os desempregados atingiram agora os 645. 995, isto é, mais 127. 250 em apenas um ano. Os jovens com menos de 25 anos são os mais afetados. Chegam aos 37,1% . O grupo mais fragilizado são as famílias com dois ou mais filhos ou em que um, ou os dois cônjugues, perderam o trabalho. a pressão fiscal iníqua não poupa os grupos mais desfavorecidos, gerando maior desigualdade em relação às classes mais abastadas. as poupanças das famílias têm vindo a diminuir drasticamente. Faltam medidas capazes de proteger as famílias que têm mais filhos e que se encontram em situação de pobreza absoluta. Mais pobres e sem recursos, não podem ser abandonadas e a sua difícil situação requer atenção e alguma urgência. as praças e ruas de vários países europeus têm vindo a encher-se de manifestantes, que clamam por ajuda e maior justiça. Os protestos alertam para o peso que está a tornar-se insuportável e não podem deixar indiferente quem tem o poder de decidir. Os seus gritos não podem ser ignorados. No meio de uma devastadora crise económica e de emprego, o povo precisa de medidas para avistar a luz da esperança ao fim do túnel. a crise não afeta igualmente todos os estados europeus Nem todos experimentam os graves problemas de orçamento e do sistema económico financeiro. Todavia nenhum líder europeu pode sentir-se tranquilo e em paz com a sua consciência política. Sabem-no bem a senhora Merkel, o francês Hollande, o holandês Mark Rutte e o italiano Mário Monti. a crise já tem muitos anos e tem vindo a causar sucessivas vítimas no velho continente. Enquanto os países do Norte apresentam maior capacidade para gerir as contas públicas, os do Sul debatem-se com graves problemas de estabilidade e não podem ser deixados à deriva. Lisboa, Dublim, atenas, Roma, Nicósia e, quem sabe quando, as capitais do Leste clamam por uma união de forças. Os abanões que sacodem a Europa requerem a prática de diversas virtudes que fazem parte do património cultural e moral europeu. Entre outras, emerge a necessidade do sentido de responsabilidade com quem se encontra em dificuldade, mesmo que não esteja isento de culpas; o espírito de solidariedade, até mesmo para evitar males maiores; os naturais apelos ao rigor e ao sacrifício. Mas a porta de saída da crise passa por cerrar fileiras à volta do projeto europeu. Os estados são chamados a unir forças para que a casa comum seja um espaço unido e integrador dos povos e estados com as suas culturas, capaz de ultrapassar obstáculos e barreiras. Só assim se poderá avançar com segurança e com maior equidade para o futuro.