No 17º domingo do tempo comum, o evangelho narrava a alegria da multidão que vira o milagre dos pães que Jesus realizara. as pessoas quiseram fazê-lo rei. afinal não tinham entendido o significado do seu milagre e Ele vê-se obrigado a desfazer o equívoco
No 17º domingo do tempo comum, o evangelho narrava a alegria da multidão que vira o milagre dos pães que Jesus realizara. as pessoas quiseram fazê-lo rei. afinal não tinham entendido o significado do seu milagre e Ele vê-se obrigado a desfazer o equívocoO episódio do evangelho do 18º domingo parece ter lugar no dia seguinte ao milagre da multiplicação dos pães. a multidão vai a Cafarnaum à procura de Jesus. ao ser descoberto pela multidão, Ele aproveita de imediato a ocasião para desfazer o equívoco do dia anterior. Perspetivas corrigidas a multidão procurava-O para O fazer de rei. Encontrara alguém que lhe dava pão, mesmo sem a necessidade de trabalhar. Que melhor rei poderiam desejar? Por outras palavras, o evangelho faz notar que esta gente procura satisfazer as suas carências materiais. É exatamente essa perspetiva que Jesus se apressa a corrigir. O evangelho lança um desafio ao cristão: qual o motivo que o leva até Jesus? Será que O procura para satisfazer as suas precisões materiais? Quantas vezes o precisar de satisfazer algo de muito concreto nos leva até Jesus! Ele corrige a multidão: Trabalhai, não tanto pela comida que se perde, mas pelo alimento que dura até à vida eterna. O que leva a perguntar: qual a razão de fundo daquilo que realizo? O que me move na vida?
O que fazer?
Confrontada com a correção de Jesus, a multidão interroga-O sobre o que deve fazer para poder ter esse alimento que leva à vida eterna. a resposta de Jesus é simples: acreditar n’aquele que o Pai enviou. O que significa, abraçar o projeto de Deus, numa adesão total à vontade do Pai. Mas quais são as garantias? É o que deseja saber a multidão. Quem lhes garante que não serão enganados? Os seus pais tinham recebido o maná no deserto, que satisfizera as suas carências materiais e lhes deu a certeza de quem era Moisés. a objeção da multidão pode parecer quase injuriosa, pois ainda há pouco tempo tinha experimentado o milagre da multiplicação dos pães. Mas isso não lhes serve de garantia. É mais uma prova de que não tinham entendido o verdadeiro significado do sinal realizado por Jesus.
Respondendo
Jesus, como bom Mestre, elucida a multidão. Não foi Moisés quem deu o maná no deserto, mas esse alimento chegou através do Pai. Esse é o verdadeiro Pão, aquele que pode satisfazer todas as pobrezas da pessoa. É o pão máximo, aquele que sacia toda a fome. E a multidão pede esse pão: Dá-nos sempre desse pão.

Jesus o Pão
Finalmente Jesus revela-se à multidão como o verdadeiro alimento. Ele é o Pão enviado pelo Pai para satisfazer todas as carências da humanidade. Mas o que significa comer este pão? Significa aceitá-lO, acreditar e aderir ao projeto do Pai. Só assim a pessoa pode ficar verdadeiramente satisfeita (feliz) na sua vida. Só Ele é a resposta para as ansiedades que inquietam o coração de cada pessoa. Sem receios, vamos até este pão que nos é oferecido em cada eucaristia que celebramos, mas que não se esgota nessa celebração. Prolonga-se no concreto da nossa vida, onde estamos empenhados em aderir ao seu projeto de vida.